
O casal de jornalistas, Rosa Bittencourt e Ari Silveira, se mudou de Curitiba para o Rio de Janeiro em 2012. Apaixonada por cachorros, a família já tinha sido tutora dos beagles Nina Alice e Twister Eliseu, que fizeram falta na capital fluminense, principalmente para a única filha do casal, Maria Luisa, a Malu. Logo que pisaram na Cidade Maravilhosa, foram em busca de um pet para adotar. A primeira moradora de quatro patas do novo endereço foi Alana Sofia, então, uma filhote sem raça definida, que viveu quatro anos com os três. Depois vieram Pérola Beatriz e, finalmente. Amora Augusta, o xodó carioca dos Silveira Bittencourt, hoje com quatro anos. Em comum, nessa história, o amor pelos pets e os nomes compostos. “Desde que nosso primeiro cachorro chegou, eu já coloquei um nome composto, pela sonoridade mesmo. É como se fosse um sobrenome”, conta Rosa.
Amora Augusta, que é bastante popular no charmoso bairro de Laranjeiras, por onde circula em passeios diários com os tutores, chegou por meio de uma amiga da família. “Cabia na palma da minha mão, de tão pequena que era”, relembra Malu. Ela nasceu em um sítio no município de Bom Jardim, a 24 km de distância de Nova Friburgo, na serra fluminense , de uma ninhada de seis filhotes.
“Das três “meninas”, duas eram pretinhas: Amorinha e Frida e a outra, caramelo, a Cacau. Ambas ficaram com a minha professora do curso de pós-graduação”, diz Rosa.

Estressada e dengosa – Por ter chegado à nova casa alguns meses antes do início da pandemia de covid, quase no fim do ano de 2019, Amora Augusta passou boa parte da vida isolada no apartamento, com a família. Por isso, se tornou, digamos, um pouco “estressada”. “Não pode ouvir o barulho da campainha ou do telefone que descamba a latir, mas eu entendo. Com menos de três meses aqui com a gente, o Brasil se fechou. Então, ela passava a maior parte do tempo fechada também, sem ver ninguém. Chamamos ela de cachorra da pandemia. Já passaram três adestradores por aqui e não deram jeito na nossa menina”, observa Malu.
Nem por isso, Amorinha deixa de ser dengosa. Com o pelo pretinho sedoso, resultado de banhos quinzenais no pet shop, e do alto dos 5kg de pura fofura, adora dormir, ora na cama do casal, ora na de Malu, e corre pra debaixo da cama ou de um cobertor em caso de vento forte e costuma avisar os tutores quando faz as “necessidades”. “Quando ela vem e coça meu pé, já sei que quer chamar a atenção e, em troca, ganhar um petisco, um carinho ou um brinquedo”, observa Ari. “Ela também adora quando dou ração na boca”, acrescenta Rosa.

A dona da casa e do coração – Em quatro anos de intensa convivência, Amora Augusta se tornou mais que uma companheira dos Silveira Bittencourt: se tornou a dona da casa e a proprietária absoluta dos corações que ali residem. “É um amor imenso. Não me enxergo sem ela. Além de ser a dona de tudo, Amorinha tem um poder muito grande sobre a gente”, se derrete Rosa. “Temos verdadeira adoração por ela, mas a recíproca é verdadeira, porque os bichinhos têm um amor incondicional por nós e com a nossa Amora Augusta Silveira Bittencourt não é diferente”, reforça Malu.
Por Cláudia Ribeiro – Jornalista e colaboradora do blog Papo Pet
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