
Seja por terra, pelo ar, ou até mesmo pelas telas, as buscas por pets desaparecidos estão ganhando novas estratégias, o que tem levado a cada vez mais casos de sucesso. Foi o que aconteceu com a empresária Julia Lazar, que utilizou o serviço da Equipe de Busca Animal (EBA), que contou com o auxílio de um drone para procurar o Massimus, um cachorro da raça Husky Siberiano, de quatro anos. “Acionei o serviço rapidamente e a imagem do drone o identificou no quintal de uma casa. Se não fosse isso, acredito que ele jamais teria sido encontrado”, comemora a tutora.
Munida de um drone, uma moto, cartazes e muita disposição, a equipe da EBA conta com Thissiany Pujol de Souza, Marcella Winter Milet Brandão, e o apoio de Alessandro de Souza Júnior e Ian Siqueira. Começou a operar em março deste ano, depois que Thissiany e Marcella perderam uma gata e tiveram dificuldades na busca. Foi então que encontraram uma oportunidade de empreender. De posse dos equipamentos, resolveram criar o serviço.
Os métodos de busca do grupo são variados. “Fazemos panfletagem com cartazes, com arte e impressão por nossa conta e colamos nos estabelecimentos mais conhecidos do bairro. E também busca ativa de porta em porta, conversas com a vizinhança para deixar todos em alerta, varredura com o apoio do drone, olhando cada cantinho possível, ruas, quintais, garagens, telhados… A moto torna mais ágil a procura”, explica Thissiany. “O sobrevoo com o drone permite uma visão mais geral da redondeza e amplia o raio de busca aumentando e muito as chances de localizar o animalzinho perdido”, destaca Marcella. O serviço conta ainda com a divulgação via redes sociais e anúncios patrocinados dentro do raio que o animal se perdeu.

Sucesso – A taxa de sucesso é alta. “Dos 61 casos, 40 animais foram encontrados com algum dos métodos que utilizamos. Metade de gatos e metade cachorros”, relata Marcela.
O custo do serviço depende do pacote contratado. Varia de acordo com o tipo de material empregado na busca com opções a partir de R$599. “Nós fazemos as buscas, mas infelizmente não podemos dar garantias por diferentes razõe; atropelamento, envenenamento do animal, que também pode estar em um lugar escondido, distante, e outras situações”, explica.
O grupo trabalha apenas com cães e gatos, mas não descarta expandir. “Amamos o que fazemos, é algo que nos traz satisfação em realizar. Proporcionar o reencontro da família com o animal desaparecido, é gratificante e emocionante”, afirmam. “Já conseguimos resgatar uma gatinha que estava desaparecida há uma semana. Encontramos por meio do trabalho de panfletagem. Ela estava a uma quadra de onde desapareceu, na casa de um vizinho. Ela entrou e ele acabou “adotando ” a gatinha, mas não se negou entregar quando mostramos o panfleto a ele”, contam.

Lolo Foto: arquivo pessoal
Nem protetora escapa – Maigue Gueths, protetora há mais de duas décadas, não escapou de ter um dos seus cachorros resgatados ganhando as ruas após um problema no portão eletrônico. Isso aconteceu numa sexta-feira, dia 5 de setembro. Desde então, ela peregrina por ruas de diversos bairros atrás de pistas do vira-lata preto com manchas marrons. “O Lolo foi resgatado ainda filhote junto aos irmãos há cerca de um ano e meio. Diferente do resto da ninhada, ele ainda aguardava por adoção”, diz.
Maigue contratou o serviço da Equipe de Busca Anima (EBA). Juntas, traçaram um plano de busca de acordo com a região do desaparecimento, além de terem espalhado 150 cartazes impressos com a foto e telefone da tutora para receber informações do animal. “Ele é um cachorro comum, desses que a gente vê bastante por aí. Então, acho que as pessoas quando passam por ele, sem coleira, sem roupinha nem nada, acham que é um cachorro de rua, mas tenho esperanças de ainda encontrar o meu Lolo. Quero muito ele de volta”, desabafa.
Todo o cuidado é pouco principalmente para quem mora em casa fora do condomínio residencial. Confira as dicas:
Coleira e placa de identificação:
O ideal é que o animal, seja cão ou gato, mantenha no pescoço a coleira e a placa de identificação com o telefone do tutor. Mesmo que não seja possível chegar perto do animal, a coleira serve de referência e diferencia o cachorro ou gato de um animal que vive nas ruas.
Chip
É importante colocar o chip no animal, pois ao ser encontrado a leitura do chip poderá ser feita em uma clínica veterinária. Mas ele não funciona como um gps, rastreador. Em Curitiba é possível fazer a chipagem de forma gratuita. Informe-se pelo 156.
Rapidez ao notar a ausência
Procure imediatamente na região, faça cartazes e deixe no comércio local, inclua em grupos de rede social com foto, local e data de desaparecimento, telefone de contato do tutor e características do pet.
