A Sociedade Protetora de Animais de Curitiba (SPAC) esclarece que solicitou por meio da Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente no Ministério Público do Paraná a liberação judicial definitiva dos cães encontrados durante vistoria de um canil clandestino localizado no bairro Boa Vista, em Curitiba. Ficando a Prefeitura Municipal de Curitiba através da Rede de Defesa e Proteção Animal responsável pela microchipagem e castração de todos os animais.

Apesar de a SPAC se disponibilizar em assumir a guarda provisória dos animais e coordenar sua permanência em lares provisórios oferecidos por voluntários independentes determinados (não há como a entidade receber todos estes animais, somente os que necessitem de procedimento cirúrgico e tratamento intensivo), solicitamos sua liberação definitiva, pois foram encontrados em situação de maus tratos, sendo utilizados em atividade irregular e clandestina para procriação desenfreada, contribuindo para o aumento da superpopulação de cães em nossa sociedade que não consegue absorver os cães já existentes, contrariando ainda a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) na necessidade da restrição da criação e comercialização de cães e gatos para controle de zoonoses e vetores.

Estes cães estão com sua saúde mental e física comprometida, não devendo nem ser cogitada sua permanência ou retorno a mesma condição em que têm sido mantidos. Têm sido tratados como mera mercadoria, forçados a uma vida de solidão e isolamento, sem atendimento as suas necessidades básicas, servindo somente para a exploração comercial.

Além disso, parte dos cães encontrados neste canil foram retirados de um canil clandestino em Campo Largo vistoriado pela Vigilância Sanitária do município e Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) no dia 13 de setembro de 2013, com constatação de maus tratos e irregularidades. A responsável pelo canil foi intimada a comparecer na Prefeitura, mas não compareceu e imediatamente após a vistoria retirou os animais do local, o que indica a intenção na continuação da prática do crime de maus tratos e atividade ilegal.  A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) continua a investigação para a localização dos outros animais.

Mais uma vez apelamos a toda sociedade que não compre animais de estimação, pois poderá estar sustentando uma atividade cruel e criminosa, sendo que sempre estará sustentando a exploração animal.