Dois filhotes da segunda geração de harpias (Harpia Harpyja) nascidas em cativeiro no Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), de Itaipu Binacional, foram batizadas nesta sexta (16), em Foz do Iguaçu (PR). As aves ganharam os nome de Taaromby e Kauane.
A cerimônia ocorreu no recinto das aves do RBV. A primeira ave batizada foi o filhote mais novo, neto do macho fundador do programa de reprodução. Ta’aromby, que significa esperança, em guarani, teve como padrinho Jorge Afonso, diretor do Refúgio de Animais Silvestres GüiráOga, de Puerto Iguazú.
Kauane (gavião em guarani), com 315 dias de vida, foi batizada por Gerson Norberto, diretor-presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, que em 2002 enviou a avó do filhote, fêmea fundadora do projeto. Após o batismo, Kauane fez um voo pelo recinto, simbolizando o próximo passo do programa: devolver as aves à natureza.
O batismo foi uma homenagem de Itaipu a duas instituições que colaboraram com a empresa no início do programa de reprodução: o Refúgio de Animais Silvestres GüiráOga, de Puerto Iguazú, Argentina, e a Fundação Jardim Zoológico, de Brasília (DF).
Hoje, o programa de Itaipu é referência mundial, com 32 nascimentos. “Estamos orgulhosos do nosso trabalho, pois a primeira harpia foi encontrada pela polícia. Poderia ter morrido, mas conseguimos resgatá-la e torná-la um reprodutor. Hoje temos os avós, filhos e netos e, quem sabe, em breve, os bisnetos”, afirmou o médico veterinário Wanderlei Moraes, de Itaipu.
Outros zoológicos também tentaram fazer a reprodução, sem sucesso. Há registros filhos e netos que nasceram em cativeiro apenas nos Estados Unidos e no Panamá