Na Semana Nacional do Trânsito, saiba como transportar cães e gatos em segurança

Fabiana Ferreira

Os cães Flora e Frederico - Foto: Maria Paula Máder

A segurança no transporte de cães e gatos é algo que preocupa os tutores na hora de levar os bichinhos em passeios, viagens ou nas visitas ao veterinário.  Para garantir o deslocamento seguro dos pets, aproveitamos  que esta é a Semana Nacional do Trânsito, e selecionamos algumas informações úteis sobre o assunto, já que a lei nacional de trânsito não é muito específica sobre o transporte de pequenos animais.

 O Código Brasileiro de Trânsito considera infração o transporte de animais à esquerda do motorista, no colo e nas partes externas do veículo, regras que também valem para o transporte de crianças.

 Para suprir esta lacuna, em 2021, a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) publicou uma diretriz que estabelece normas para o transporte de cães e gatos nos diversos meios de transporte, especialmente em veículos de passeio, para assegurar a segurança dos pets e de seus tutores.

 Ela prevê  que  o transporte de cães e gatos, deve ser realizado com dispositivos de retenção, impedindo assim que viajem soltos, desviando a atenção do motorista e possibilitando a ocorrência de acidentes.

Uma das maneiras mais convencionais para o transporte é colocar o animal no interior da caixa, fixada pelo cinto de segurança, especialmente para cães de pequeno porte e gatos. A caixa de transporte é uma opção para animais já acostumados com ela, pois reduz o risco de distração. Essa opção é uma boa escolha para os gatos, uma vez que se assustam com facilidade, são mais ágeis e com mais capacidade de se soltarem dos dispositivos de retenção.

 Alguns tutores preferem as bolsas de transporte, ou presos ao cinto de segurança, ou ainda, uma “cadeirinha” (parecida com as de bebê) presa ao banco para que o pet fique confortavelmente instalado. Mesmo dentro da cadeirinha é indispensável o uso do cinto de segurança.

Para os de grande porte, levar na cadeirinha pode inviabilizar o passeio. Nesse caso, o ideal é utilizar um peitoral reforçado e confortável com o cinto de segurança.

Há vários modelos de cinto para animais. O importante é escolher um de acordo com o tamanho no animal, que não seja longo demais (a ponto de não cumprir sua função, já que em uma colisão dará espaço para que o cão seja arremessado contra um vidro ou contra os demais passageiros), e nem curto demais, que não permita ao cão se deitar com conforto.

Uma dica importante é que a coleira não deve ser usada para transporte dentro do veículo, pois pode enforcar o animal em caso de freada brusca. O correto é o uso de peitoral.

 Cães de grande porte:

Maria Paula Mäder, tutora da Flora e do Frederico e membro do clube Goldenlícia, enviou para nós dicas importantes para garantir um passeio seguro com cães de grande porte.

“O cinto do cão pode ser preso na fivela do cinto do carro, pois geralmente vem com o engate padrão de cintos de segurança, mas é bom se certificar que o cão não consiga soltar, pois eles pisam e o engate pode facilmente abrir, ou pode ser preso no suporte do encosto de cabeça, e nesse caso até mesmo uma boa guia de tamanho médio pode fazer a função de cinto”, explica.

“E como as crianças, o correto é levá-los no banco de trás. Eu ainda uso uma capa no banco. Além de proteger o veículo dos pelos e sujeiras, também contribui com a segurança, pois evita que o cão, numa freada brusca, possa cair no espaço entre os bancos”, complementa.

Ninico em segurança na cadeirinha FotO; Cláudia Ribeiro

 Cães de pequeno porte:

Para cães de pequeno porte, o uso da cadeirinha pode garantir não só a segurança, como também o conforto do pet.

Cláudia Ribeiro, tutora do Ninico, conta para a gente a experiência com o uso da cadeirinha. “Ele passava muito mal quando entrava no carro. Sempre vomitava. E eu tinha pena de deixá-lo sozinho em casa. Nas viagens, tínhamos que dar remédio para enjoo, mas ele continuava passando mal. Cheguei a comprar uma caixinha/gaiola, mas não deu certo. Então, pesquisei e encontrei a cadeirinha. Valeu a pena, porque ele nunca mais vomitou e hoje adora passear de carro”, conta. 

 ** Para os cães de médio porte, o ideal é o tutor observar o modelo de transporte a que o animal mais se adapta: cadeirinha ou cinto de segurança.

 Gatos

Os gatos não são muito dados a passeios. Geralmente preferem o conforto de seus lares. Mas há os que viajam com seus tutores e gostam de passear, além da necessidade de levá-los ao veterinário.

O ideal é transportá-los dentro de uma caixa ou sacola específicas e fechadas para evitar que fiquem muito estressados e se movimentando na tentativa de sair do carro.  Se o tutor optar por uma cadeirinha ou o gato não tiver problemas em passear de carro, é importante usar um peitoral e um cinto de segurança apropriado para gatos. 

Texto: Blog Papo Pet com assessoria

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