Muitos são os critérios para a escolha de um bar. A cerveja gelada, o chopp bem tirado, o garçom gente boa e tantos outros fatores. A minha escolha, em algumas ocasiões, tem sido a permissão do local para a permanência de cães. Claro, na área externa. Por isso, elegi um bar o melhor de todos. Nele eu e Bebel somos muito bem-vindas. Com direito a pote de água trazido pelo garçom. Reconheço que antes dela, eu chamava o bar de pé sujo e me recusava a frequentar. 

O Bily, Golden Retriever, de um amigo tem ainda mais privilégios. A alcatra crua servida pelo garçom. Atendimento vip.  É lógico que para levar um cachorro para o bar existem regras básicas de convivência. Não dá para ele ter ataques ao ver uma porção de mignon. Se você se recusa a dar qualquer tipo de alimento diferente de ração é melhor nem levá-lo para o boteco. A não ser que o cão seja pra lá de educado. O que não é o caso da minha. Tenho que dividir as porções com ela, apenas dos grelhados. Ah, os amigos que estão juntos também têm que fazer o mesmo. 

Não vou revelar o nome do bar. Vai que a vigilância sanitária resolve implicar com o estabelecimento friendly dog.  Mas na região do Alto da XV, Alto da Glória, Juvevê, Hugo Lange e imediações existem muitas opções. Eu mesmo já fui a um restaurante onde uma mesa foi colocada na varanda só para eu poder almoçar com a minha cachorra. Afinal de contas, Curitiba não poderia ficar para trás das capitais mais botequeiras e amistosas dos cães. Uma rápida passada no bar Jobi, no Rio de Janeiro, para comprovar esta tendência. Famoso pelo chopp, tive a oportunidade de compartilhar a mesa com um vira-lata e um golden. Ali no agito do Leblon. Um dos metros quadrados mais caros da cidade. 

Agora tem sempre aquele bar implicante que recusa a presença de animais mesmo sendo na calçada. Uma típica representante da realeza britânica, Browny, teve que ficar de fora do cercadinho reservado para os clientes, mesmo com a sua classe de uma legítima whyppet. Mas ela nem se importou. Tirou de letra e manteve a classe. Lógico que a cachorra é muito mais educada do que muita gente que frequenta o bar. Enfim, bar perto de casa, mas riscado da lista. Afinal de contas, a cerveja não é gelada, a comida nem é tão boa assim e o atendimento não é lá essas coisas.