
Saiba onde vacinar seu pet contra a doença, de graça, em Curitiba
Um caso de raiva canina diagnosticada no início do mês em um cachorro de São Paulo chamou a atenção para a importância da vacinação antirrábica em cães e gatos. A capital paulista não registrava uma ocorrência deste tipo há 40 anos. Já em relação à variante transmitida pelo morcego, o que é mais comum, o último caso aconteceu em 2011.
A raiva é uma das doenças com as taxas mais altas de mortalidade. Dificilmente é possível reverter o quadro de um animal ou até mesmo de uma pessoa contaminada após o vírus atingir o cérebro. Mas afinal, como se proteger, quais as formas de transmissão, sintomas e tratamento? Quem explica é a médica-veterinária Cintia Ghorayeb, do Veros Hospital Veterinário, de São Paulo.
Causa
“A doença é causada por um vírus e a transmissão se dá por meio da mordida ou pelo contato com as secreções do animal já infectado”, explica a médica-veterinária, Cintia Ghorayeb. Paulo.
Como age o vírus?
“O vírus da raiva atinge o sistema nervoso central, causando graves lesões na massa cinzenta do cérebro e levando o animal doente a importantes e irreversíveis alterações neurológicas. Após chegar ao cérebro, os sintomas podem levar à morte rapidamente, na maioria dos casos, em até 10 dias. Como o próprio nome diz, essa doença deixa o animal muito agressivo, pela desorientação neurológica, e os ataques a outro animal ou até mesmo aos humanos, se tornam mais frequentes”, explica a veterinária.
Contaminação
“Ela acontece pela saliva do animal doente. No meio rural, o morcego hematófago – que se alimenta de sangue – é um dos principais transmissores da raiva, principalmente para os herbívoros e para o homem. Animais de sangue frio não adoecem, mas são transmissores e atuam como vetores da doença. Animais silvestres, como micos, saguis, gambás e morcegos, podem transmitir a raiva”, alerta Cíntia.
Sintomas
De acordo com a veterinária, alguns dos principais indícios que o animal possa estar com a doença são as alterações de comportamento, como agressividade, ansiedade, depressão, dificuldade de engolir, salivação abundante, convulsões e sinais neurológicos graves. “Infelizmente, não existe um tratamento eficiente para a doença, e depois de instalada no cérebro, o paciente invariavelmente vem a óbito”, relata.

Tratamento
Existem chances de tratar com alguma resposta clínica, antes da contaminação chegar ao cérebro. “Podemos conseguir lutar contra o vírus na fase de incubação, que é variável para cada espécie, mas pode acontecer entre 10 a 120 dias. No caso dos cães, é comum em até dez dias surgirem os primeiros sinais. Já nos seres humanos, os sintomas começam em aproximadamente 45 dias após a contaminação, sendo os sintomas nos humanos a irritabilidade, salivação, náuseas e vômitos inicialmente, evoluindo para sinais como convulsões, coma e óbito”, conta a especialista.
Vacinação
A vacinação de todos os animais e dos profissionais que têm contato com doentes (veterinários, biólogos e tratadores, em geral) é a única forma eficiente de prevenção e erradicação da doença.
De acordo com Cintia, o pet precisa tomar a primeira dose ainda filhote, a partir dos 4 meses de vida e depois deve receber reforço anualmente para prevenir a doença. Todos os mamíferos devem ser vacinados.

Vacinação antirrábica em Curitiba
Posto fixo: Centro de Controle de Zoonoses e Vetores
Rua Lodovico Kaminski, 1.381, CIC.
Horário: das 8h às 12h e das 14h às 17h (sem agendamento)
A Prefeitura de Curitiba, por meio da Rede de Proteção Animal, organiza campanhas de vacinação geral durante eventos mensais.
Mais informações: 156
https://veros.vet/ e @Veros.vet
Fonte: Divulgação Veros Vet (SP)