
Por Cláudia Ribeiro, colaboração para o blog Papo Pet
Dando sequência à nossa série sobre o vira-lata caramelo, conheça uma comovente história que teve início antes mesmo da adoção da caramelo Mel.
Começou quando o pai de Pamella Stecki Rodrigues Gomes e Solange Stecki Rodrigues, em tratamento contra o câncer, passou a fazer planos sobre o que ele e a esposa, Monaliza Stecki Rodrigues fariam depois da recuperação dele. Um desses planos era adotar um cachorro.
“Os acontecimentos, infelizmente, não foram dentro do que imaginávamos e meu pai acabou partindo em novembro de 2020 em decorrência da doença e não pudemos realizar estes planos”, conta Pâmela.
Os meses seguintes foram de profunda dor e melancolia para mãe e filhas com a ausência do marido e pai.
Era abril de 2021, perto da Páscoa, quando Monaliza voltou a se lembrar daquele desejo do casal e pesquisou em uma rede social uma página de adoção de pets.
A imagem de uma cachorra da cor amarela (ou cor de mel) chamou a atenção. As características: dócil, porte pequeno (para médio) e meiga.
Naquele mesmo dia, a família foi até o abrigo para conhecê-la.
“Chegando lá, ela correu para o colo da cuidadora, porque tinha muito medo dos outros cachorros”, prossegue Pâmela, que logo percebeu que a bichinha não era assim tão pequena, muito menos, de porte médio.
“Queríamos um cachorro menor, porque a gente morava em apartamento, mas a forma como ela veio até nós, mesmo com medo e receosa, abanando o rabo e bem carinhosa, nos conquistou. E a certeza veio quando abrimos a porta do carro e ela pulou imediatamente para dentro. Não tinha como dizer não pra ela”, relembra.

sensação de felicidade – Deram o nome de Mel para a nova moradora e Pâmela conta que, mesmo em meio a um período tão doloroso, com a chegada da cachorra naquele ambiente, uma sensação de felicidade tomou conta do apartamento.
“Lembro de ter falado para minha mãe, naquela mesma semana: “hoje é a primeira noite que não choramos por conta do pai”, revela.
Mel também chegou com muitos traumas. Ela era uma cachorra resgatada em um terminal de ônibus, onde dormia. E, mesmo com apenas dois anos, quando foi adotada, já tinha tido filhotes e, pelo medo de pessoas e de outros cachorros, mal conseguia andar na rua.
Após esses dois anos, todo aquele medo ficou no passado. Hoje Mel está bem diferente daquela caramelo daquele abril de 2021.
“Acredito que tudo isso foi um processo, Ao mesmo tempo que ela foi se curando dos traumas, nos curava do luto também”.
E pensa que isso terminou? Pâmela, Solange e a mãe, Monaliza, querem partir para uma nova adoção. “Pensamos em adotar mais uma cachorrinha pra fazer companhia para a nossa Mel”, finaliza.
A série Caramelos continua nos próximos dias com novas e inspiradoras histórias de adoção.
