USP estuda sem teto e seus vira-latas

Redação Bem Paraná

Uma relação tão delicada. Assim pode ser definida a convivência de moradores de rua e seus cães vira-latas. A USP, desde o ano passado, analisa a relação entre os sem teto de São Paulo e seus cães. O estudo avaliou até o momento 25 pessoas. E revelou dados interessantes.

A maioria dos moradores de rua tem no cachorro o único elo de convivência. Não se relaciona com outras pessoas. Muitos deles se recusam a ir para abrigos públicos para não deixarem seus cães de fora. Um dos objetivos do estudo é propor a existência de abrigos que permitam a presença dos animais.

No caso de doença dos cães, a maioria não pede ajuda e os mesmos acabam morrendo. Este dado será melhor investigado no decorrer do estudo. A pesquisa ganhou mais um ano de financiamento pela própria USP. A responsável pelo estudo é a médica veterinária Maria de Fátima Martins, coordenadora técnica do Laboratório de Pesquisa e Ensino e Extensão em Helicicultura e Zooterapia da USP.

Amigos fiéis – A maioria dos cães não usa coleira. Seguem seus tutores, mesmo após apanharem. Alguns moradores disseram que batem no animal por revolta. Ao receberem as coleiras pelos estudiosos, eles não se negam a colocar nos animais.

Números

100% apenas o cão foi encontrado como animal de estimação

74,6% são cães de médio e grande porte

86,3% são o único elo de convivência

25,2% afirmaram bater em seus cães quando bêbados