
Ação contra fraude em licitação da Sanepar cumpre 16 mandados em Curitiba e região nesta manhã de terça-feira, 11 de junho. O alvo da ação foram endereços em Curitiba, São José dos Pinhais, Araucária e Pinhais, na Região Metropolitana. A Polícia Civil do Paraná (PCPR) que apreendeu documentos, computadores e ainda celulares.
Os 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados a uma associação criminosa responsável por fraude à licitação e contratos administrativos da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
A operação e contou com o apoio da Polícia Científica do Paraná. Os mandados foram cumpridos em residências e empresas ligadas ao grupo. A ação contou com a participação de 40 policiais civis.
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Entenda as fraudes em licitação da Sanepar
As as fraudes em licitação da Sanepar foram descoberta após uma investigação complexa. A delegada da PCPR, Waleska Souza Martins, explica a investigação revelou que, desde 2018, os suspeitos agiam.
“Evidenciou-se, através da investigação, uma associação criminosa integrada por pessoas de uma mesma família, que constituíam diversas pessoas jurídicas para participação em processos licitatórios promovidos pela Sanepar. As denúncias vieram da própria Sanepar, que apresentou indícios de que essas empresas estariam ganhando licitações, competindo com empresas de interpostas pessoas, constituídas por eles próprios”, conta a delegada.
Após vencerem os certames, na fase de execução do contrato administrativo firmado, as empresas não entregavam os materiais ou entregavam com qualidade inferior à prevista no edital.
O que disse a Sanepar sobre as fraudes a licitação
A Sanepar aplicou as sanções administrativas cabíveis à empresa envolvida, como a penalidade de suspensão temporária de participação em licitações e o impedimento de contratar com a administração. Posteriormente a isso, o grupo criou novos Cadastros Nacionais da Pessoa Jurídica (CNPJ), aparentando serem entidades diferentes para continuar a prática ilícita.
O grupo possuía fábricas e comércios de tubos e conexões e agia no Paraná e em estados vizinhos. Integrantes da associação criminosa respondem por crimes semelhantes em Santa Catarina.
Os itens apreendidos passarão por perícia para dar andamento à investigação.