
Um golpe foi descoberto nesta semana em Curitiba, no bairro Água Verde, envolvendo um falso processo seletivo em um espaço de coworking. A criminosa, se passando por recrutadora, simulava entrevistas de emprego com salários atrativos, solicitava selfies dos candidatos e pedia que eles instalassem aplicativos em seus celulares.
O objetivo era usar as informações e imagens das vítimas para tentar contratar empréstimos e financiar veículos em nome delas. A falsa empresa usava um número para entrar em contato com as vítimas. O caso aconteceu na Rua Alcebíades Plaisant, nº 612, onde funciona o coworking utilizado pela golpista.
O caso aconteceu em um coworking localizado próximo ao Cemitério do Água Verde. A criminosa se identificava como funcionária de uma suposta empresa chamada RH Seleto. Ela atraía os candidatos via WhatsApp e oferecia vagas compatíveis com os currículos e expectativas salariais das vítimas.
Durante as entrevistas, ela constantemente utilizava um iPhone XR e, em determinado momento, se aproximava dos entrevistados tentando capturar o reconhecimento facial das vítimas.
Notificações do banco denunciaram o golpe
O golpe foi descoberto graças à atenção de um dos candidatos, que percebeu algo estranho durante a conversa. Ele suspeitou da abordagem e recusou fazer a selfie, notando que a ação se assemelhava aos sistemas de autenticação de bancos. Momentos depois, enquanto ainda estava no local, recebeu uma notificação em seu celular indicando que seu CPF estava sendo consultado pelo banco Santander.
A vítima conversou com outro candidato, que relatou ter passado pela mesma situação. Ele também recebeu uma notificação do Santander informando sobre tentativa de crédito, mesmo sem ter conta aberta no banco. Diante dos fatos, Miguel acionou a Polícia Militar, que foi até o local.
Golpista tentou apagar provas antes da chegada da polícia
Quando percebeu que a polícia havia sido chamada, a falsa recrutadora destruiu o próprio celular, tentando apagar possíveis provas do golpe. A Polícia Militar foi acionada inicialmente para um atendimento de rotina, mas logo entendeu que se tratava de um caso de fraude e uso indevido de dados pessoais.