Julgamento terminou na madrugada desta sexta (Arte: Comunicação MPF)

Após 12 dias de sessão, em júri considerado um dos mais longos da história de réu único, foi concluído, na madrugada de desta sexta-feira (25), o julgamento do último acusado de ser mandante do crime que culminou na morte da agente e psicóloga da Penitenciária Federal de Catanduvas, Melissa de Almeida Araújo, ocorrido em 25 de maio de 2017, na cidade de Cascavel (Oeste do PR).

Além do procurador natural do caso, outros membros do Ministério Público Federal e integrantes Grupo de Auxílio ao Tribunal do Júri (GATJ) participaram do julgamento. O intuito do grupo nacional é auxiliar na atuação dos procuradores nos estados.

Roberto Soriano foi condenado a 31 anos e seis meses de reclusão, pela prática de homicídio qualificado consumado (artigo 121, § 2º, incisos I, IV, e VII, do Código Penal), em regime fechado. O réu encontra-se atualmente preso na Penitenciária Federal de Brasília (DF) e não terá direito de recorrer em liberdade.

Esta foi a décima tentativa de finalização do julgamento de Roberto Soriano, adiado por diversas vezes, inclusive por motivo de abandono do plenário do júri pela banca de advogados de defesa, em 1º de fevereiro deste ano.

Sobre o júri – O júri aconteceu na Sede Cabral da Seção Judiciária de Curitiba (SJPR) e foi presidido pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba. Teve início em 14 de agosto, somando 12 dias de sessão, das 8h às 22h, que se estendeu, inclusive, por todo final de semana. O júri foi um dos mais longos da história de réu único.

Histórico – Melissa foi morta em frente ao condomínio onde morava com o marido, que ficou gravemente ferido, e o filho. Sua residência ficava distante 55 km de Catanduvas. A psicóloga teve sua rotina monitorada por pelo menos 40 dias e foi considerada um alvo de ‘fácil alcance’, de acordo com as investigações. Por se tratar de crime contra a vida de servidor público federal em razão do exercício de suas funções, a competência para julgamento é do Tribunal do Júri da Justiça Federal.