A assessoria da Polícia Civil do Paraná desmentiu nesta quinta-feira (15) um boato que circula nas redes sociais e que chegou a ser veiculado em uma emissora de televisão dizendo que Edison Brittes, de 38 anos, assassino confesso do jogador de futebol Daniel Correa Freitas, havia sido espancado na prisão. Edison, conhecido como Juninho Riqueza, está preso no Centro de Triagem da Polícia Civil, no Centro de Curitiba, enquanto aguarda uma vaga na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP).
“Não procede a informação que o Edison Brittes foi agredido dentro do Centro de Triagem da Polícia Civil. O local esta tranquilo e sem movimentação nenhuma”, afirma a assessoria da polícia.
Em nota, o advogado da família Brittes, Claudio Dalledone Junior, afirma que a informação “ não passa de mais uma fakenews”. “O advogado Cláudio Dalledone Júnior lamenta que tal informação tenha sido vinculada de forma precipitada na mídia e restabelece a verdade dos fatos. Edson Brites está detido em caráter temporário no CT1 e não foi vítima de agressão. Recolhido na carceragem, ele cumpre a determinação judicial tendo sua integridade física assegurada. A informação da suposta agressão na madrugada deste dia 15 não passa de mais uma fakenews entre tanta já divulgadas ao lindo da investigação sobre a morte do jogador Daniel”, afirma a defesa em nota.
Fake news
A mensagem falsa que circula no Whatsapp afirma que Edison teria relação com policiais e por isso teria sido agredido. “Presos não gostaram de ver ele em fotos ao lado de policiais e delegados, já que entre eles existe uma lei própria, onde bandido não deve ser amigo de policiais. Por sua vez, Brittes, exibe nas redes sociais, e também em reportagens, ele sempre aparece com intimidade com o setor policial, situação que não condiz com o mundo do crime, assim ele foi espancado e teve que ser retirado com urgência da cela que dividia com outros presos. Brittes foi medicado, e sua transferência para outro setor prisional foi mantido em sigilo”, diz o boato.
Ligações
Além de fotos com policiais e um delegado, Edison também tem ligação com um traficante preso. Uma moto que foi apreendida no dia 9 novembro na casa de Edison está registrada em nome de um traficante preso pela Polícia Federal. Outro alvo de invetigação é o celular utilizado por Edison para ligar para a família de Daniel dias após o assassinato. O chip do aparelho está em nome de um homem que foi assassinado em 2016 em um crime ainda com autoria desconhecida.
Presos
Além de Edison Brittes, outras seis pessoas estão presas por envolvimento na morte do jogador: a esposa dele, Cristiana Brittes; a filha do casal, Allana Brittes; e os três jovens que estariam no carro que levou Daniel até a Colônia Mergulhão: Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, de 19 anos, David Willian Villero Silva, de 18, e Igor King, de 20.
Nesta quinta-feira, Eduardo Purkote, de 18 anos, apontado por testemunhas como responsável por também ter agredido Daniel e destruido o celular dele foi preso em um condomínio por volta das 6 horas.
Caso
O jogador Daniel Correa Freitas, de 24 anos, foi encontrado morto na manhã do dia 27 de outubro, em uma área rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ex-meia de Coritiba e São Paulo, Daniel atuava no São Bento, time da Série B do Campeonato Brasileiro. De acordo com a polícia, ele participou de uma festa de aniversário de Alana Brittes, na boate Shed, em Curitiba, e foi até a casa da família Brittes no fim da madrugada. Após enviar fotos dele próprio ao lado de Cristiana Brittes para amigos em um grupo de WhatsApp, Daniel foi espancado e morto, tendo o pênis decepado e o pescoço cortado. Sete pessoas foram presas até agora.