A Guarda Municipal de Curitiba teve muito mais trabalho neste ano, segundo números divulgados nesta quinta-feira (24) pela Prefeitura de Curitiba. O número de ocorrências diárias atendidas aumentou em 159% em três anos, passando de uma média de 61 no ano de 2017 para 158 por dia em 2020. Já o total de prisões diárias realizadas pelos agentes municipais passou de quatro para sete no mesmo período.
O aumento nos números ocorreu porque a presença de guardas nas ruas, parques e praças aumentou. O combate à microcriminalidade, associada ao tráfico de drogas, foi feito por ações periódicas, muitas delas com o apoio do sistema de videomonitoramento, que flagrou a atividade criminosa em praças da cidade.
Ao mesmo tempo, o programa de policiamento de proximidade deslanchou, com a inclusão de pessoal e reequipamento da estrutura da corporação. Estipulada no início da gestão, a meta de reduzir em 30% os danos ao patrimônio público foi alcançada. De 2.638 registros desta modalidade criminosa no ano de 2016, o número caiu para 1.594 em 2020 – ou 40% de redução.
Rede de proteção à mulher
O atendimento prioritário à mulher vítima de violência quadruplicou desde o ano de 2016. Naquele ano, foram 41 agressores presos e 182 ocorrências de violação de medidas protetivas atendidas – casos em que o agressor desobedece uma ordem estipulada pelo Poder Judiciário, que integra a rede de proteção à mulher.
Três anos depois, o número de ocorrências alcançou o total de 655, com 111 encaminhamentos de agressores à delegacia.
Nos 11 primeiros meses de 2020, foram 674 ocorrências contra mulheres e 166 prisões de suspeitos de agressão e de descumprir medida protetiva e, também, casos de vítimas que decidiram representar o crime, mesmo sem a presença do agressor.
Os guardas que trabalham na Patrulha Maria da Penha fazem visitas periódicas para acompanhar de perto a situação de mulheres que sofreram com companheiros violentos. Também são atendidos casos de agressão física e psicológica provocadas por filhos, parentes, ex-companheiros e empregadores.
A periodicidade do acompanhamento varia de acordo com a gravidade da situação de violência. Varia de 15 a 20 as visitas diárias (cinco visitas por equipe) da Patrulha Maria da Penha, um dos serviços da rede de atendimento às mulheres em situação de violência ofertados na cidade.
A Patrulha recebeu dois novos veículos – são cinco ao total e os guardas, exclusivos para o serviço, também aumentaram. Outros dois veículos novos devem chegar no início de 2021.
Em caso de emergência, a mulher vítima de violência tem o suporte da Central de Operações da GM, podendo fazer o acionamento pelo telefone 153.