Fábio Dias 2023
Homem que abusou de vítima desde os 7 anos vai responder por vários crime. Polícia Civil concluiu inquérito e fez a denúncia contra ele. (Fábio Dias 2023)

Homem, de 51 anos, que abusou de enteada dos 7 aos 27 anos, irá responder por sete crimes. A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu o inquérito policial e indiciou o homem pelos crimes de perseguição, causar dano emocional, estupro, estupro de vulnerável, cárcere privado qualificado, constrangimento e filmar conteúdo de ato sexual sem autorização.

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O caso aconteceu em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, e ganhou repercussão, no último dia 16 de setembro, quando ele foi preso em flagrante pelos crimes de estupro, cárcere privado e perseguição. 

Na residência dele foram apreendidas as câmeras utilizadas para monitoramento e vídeos dos abusos contra a vítima no celular do indivíduo.

Vítima denunciou o homem por abuso e violência

A captura aconteceu depois que a vítima foi encorajada a comparecer na unidade policial para registrar a ocorrência. Durante o período em que era atendida, recebeu ameaças do agressor pelo telefone.

Durante a investigação, a PCPR reuniu elementos de prova que permitiram o indiciamento do indivíduo por sete crimes praticados contra a vítima.

Segundo apurado, o suspeito, antigo padrasto da vítima, cometia abusos desde quando ela tinha sete anos. Aos 16, a menina teria sido forçada a se casar com ele após engravidar. 

Durante o relacionamento, que perdurou por mais de duas décadas, ocorreram agressões físicas e psicológicas, restrições à liberdade, monitoramento por câmeras instaladas na residência e controle sobre o celular e os deslocamentos da vítima, hoje com 29 anos.

O homem também a obrigava a se relacionar com outros homens e os atos eram registrados em vídeo. 

“Ao longo das diligências, apreendemos diversos objetos que ele utilizava ou fazia outros homens utilizarem na vítima durante a prática dos abusos. A mulher também prestou depoimento e declarou que até os 14 anos foi vítima de ao menos 50 abusos por parte do agressor”, explica o delegado da PCPR Eduardo Kruger.

Com a conclusão do inquérito policial, o procedimento foi remetido ao Ministério Público para as providências cabíveis.