
A Polícia Civil do Paraná confirmou, nesta quinta-feira (11), a confissão de Douglas Romanovski, suspeito pelo assassinato de Maria Auxiliadora e Fábio de Souza, mãe e filho que estavam desaparecidos desde junho. A investigação chegou a um novo marco após a localização dos corpos, na área rural de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, esquartejados e armazenados em uma geladeira e em uma mala dentro de um imóvel alugado pelo próprio investigado.
De acordo com a delegada Vanessa Cristina, responsável pelo caso, Douglas confessou ter cometido os crimes em dias distintos: Fábio foi morto em 17 de junho e Maria no dia 24 do mesmo mês. As vítimas foram asfixiadas. “Ele detalhou como praticou os crimes, informou que matou as vítimas asfixiadas, esquartejou os corpos em um imóvel vazio do condomínio onde morava e depois transportou para outro local, com o objetivo de não chamar a atenção dos vizinhos”, explicou.
Segundo a investigação, o suspeito tinha motivação patrimonial. Após a morte de Fábio, Douglas se apossou do veículo da vítima e passou a residir no imóvel dele, alegando inicialmente que teria adquirido a propriedade. “Hoje ele confirmou que realmente apenas alugava o local, sem comprovar qualquer compra. Também fez transferências bancárias em benefício próprio e até para a conta do filho menor de idade”, destacou a delegada.
A morte de Maria teria ocorrido na sequência, quando ela passou a questionar o desaparecimento do filho. No depoimento, Douglas relatou que confessou a ela o crime anterior, momento em que a vítima passou mal. “Ele disse que apenas finalizou, matando-a também”, acrescentou Vanessa Cristina.
Durante as apurações, o investigado tentou desviar a linha de investigação. Uma das estratégias foi simular que Maria estava em Antonina, no litoral do Paraná, utilizando o celular dela para emitir sinais na região. “Desde o início ficou claro o intuito de postergar e mudar o foco das investigações. Ele mesmo confessou que fez isso para ganhar tempo”, completou a delegada.
O inquérito segue em andamento para identificar o proprietário do imóvel usado para ocultar os corpos e concluir as diligências finais.