
Evellyn Brisola Perusso, 20 anos, que foi denunciada por fraude no processo sobre o caso da morte do jogador Daniel Correa, acabou presa em flagrante, na quinta (6), suspeita de tráfico de drogas, no bairro Fazendinha, em Curitiba. De acordo com a Polícia Militar, uma equipe da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) fez o flagrante. Evellyn carrregava cerca de três quilos de maconha em uma bolsa e, segundo informações do boletim de ocorrência, quando percebeu a presença dos policiais, ela jogou a bolsa no chão e acabou chamando ainda mais a atenção dos policiais. A jovem foi encaminhada para a carceragem feminina do 5º Distrito Policial.
O flagrante pode atrapalhar um acordo que Evellyn fez com a Justiça no caso Daniel, há pouco mais de um mês. No acordo, a Justiça encerrou o processo contra a jovem e ela se comprometeu a prestar 270 horas de serviços comunitários, a não se encontrar com testemunhas ou acusados no processo e a não deixar a cidade por mais de oito dias sem comunicar a Justiça. Na decisão, a juíza Luciani Regina Martins de Paula afirmou que o acordo pode ser invalidado caso Evellyn descumpra alguma das medidas impostas. Em nota, o escritório Pereira Jorge, Zagonel e Torres, que defende Evellyn Brisola Perusso, afirmou que “ainda não teve ciência de todas as circunstâncias da prisão de sua cliente ocorrida na data de ontem e, por conta disso, neste momento, não tem nada a declarar.”
Evellyn foi a única dos sete réus que não foi presa após o crime.
Relembre o caso Daniel
O corpo de Daniel foi encontrado na zona rural de São José dos Pinhais na manhã de 27 de outubro de 2018. Ele apresentava degola parcial e estava com o pênis decepado. As investigações apontaram que o jovem foi assassinado após uma confusão na casa da família Brittes. O jogador havia participado da festa de aniversário de 18 anos de Allana, que ocorreu em uma casa noturna de Curitiba (Boate Shed) e na sequência, seguiu com a família e amigos da jovem para continuar a festinha na casa da garota. Segundo as testemunhas ouvidas no processo, Evellyn estava na casa de Edison Brittes quando as agressões ao jogador começaram e ajudou a limpar as marcas de sangue de Daniel na casa da família Brittes.
Seis réus aguardam pelo júri popular. Só um deles permanece preso: Edison Brittes Júnior
Veja as acusações contra cada um dos réus
Edison Brittes Júnior
Homicídio triplamente qualificado: (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima)
Ocultação do cadáver
Fraude Processual
Corrupção de menor
Coação do curso do processo
Cristiana Rodrigues Brittes
Fraude Processual
Corrupção de menor
Coação do curso do processo
Allana Emilly Brittes
Fraude Processual
Corrupção de menor
Coação do curso do processo
David Willian Vollero Silva
Homicídio triplamente qualificado: (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima)
Ocultação do cadáver
Fraude Processual
Eduardo Henrique Ribeiro da Silva
Homicídio triplamente qualificado: (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima)
Ocultação do cadáver
Fraude Processual
Corrupção de menor
Ygor King
Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima)
Ocultação do cadáver
Fraude Processual