Lavagem de dinheiro da maior facção do tráfico do RJ passa pelo Paraná

Josianne Ritz com agências

Tania do Rêgo/Arquivo/Agência Brasil

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) cumpriu 12 mandados de busca e apreensão com o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro na facção criminosa carioca Comando Vermelho  A ação aconteceu em apoio à Operação Overload 2, da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro. As ordens foram cumpridas em Curitiba, Araucária, Guarapuava, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, com o objetivo de identificar empresas fantasmas e pessoas utilizadas como laranja pelo Comando Vermelho.

 

“A Polícia do Paraná prestou apoio a uma grande operação da polícia do Rio de Janeiro. Cumprimos mandados visando coletar informações e constatar situações de empresas fantasmas e pessoas laranjas usadas pela organização criminosa. Tudo visando desbaratar a lavagem de dinheiro do Comando Vermelho”, disse o  delegado Rodrigo Brown, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil do Paraná.

Em todo o País, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em cinco estados. Entre os alvos estão, Marcio Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, que é apontado como chefe da organização criminosa, e Elias Maluco, que entre os diversos crimes cometidos está o assassinato do jornalista Tim Lopes.

A ação é um desdobramento da primeira fase da operação Overload, que condenou 61 traficantes da alta hierarquia da facção criminosa. Segundo as investigações, os acusados atuam de dentro de presídios federais e controlam o tráfico de drogas em comunidades espalhadas pelas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, além de municípios da Baixada Fluminense. Segundo a Policia Civil, Elieser Miranda Joaquim, conhecido como Criam, alvo da operação de desta quinta, de dentro da cadeia, compra drogas e armas e dá ordem às comunidades da Baixada Fluminense. Ele é o responsável por controlar toda a parte financeira e repassar o lucro do tráfico e de outros tipos de explorações, como venda de gás e sinal de TV a cabo, à família de Elias Maluco.

A quebra de sigilo fiscal de 10 pessoas e 35 empresas, apontou para a movimentação financeira, em pouco mais de um ano, de mais de R$ 200 milhões.