Um caso chocante de estupro e cárcere privado por 20 anos chegou ao fim na Grande Curitiba. A prisão do agressor, um homem, de 51 anos, extremamente violento foi feita pela Polícia Civil do Paraná (PCPR). Ele foi preso em flagrante por estupro, cárcere privado e perseguição na última terça,16, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
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Horror dentro de casa
As investigações revelaram um verdadeiro horror sofrido pela vítima dentro de sua própria casa. O suspeito era padrasto da vítima, quando começou a abusar delas, ainda aos 7 anos. Aos 16, a menina teria sido forçada pela família a se casar com ele após engravidar. A mãe dela, segundo relatos, chegou a ser ameaçada várias vezes pelo suspeito;
Vítima era mantida em cárcere e forçada a ter relações com outros homens
Durante o relacionamento, que perdurou por mais de duas décadas, ocorreram agressões físicas e psicológicas, restrições à liberdade, monitoramento por câmeras instaladas na residência e controle sobre o celular e os deslocamentos da vítima.
De acordo com o delegado da PCPR Eduardo Kruger, o homem também obrigava a vítima a se relacionar com outros homens e os atos eram registrados em vídeo.
“A prisão aconteceu após a vítima conseguir fugir, alegando que iria a um posto de saúde, e então procurou a delegacia. Durante o registro da ocorrência, recebeu ameaças do agressor por telefone e mensagens de áudio”, afirma.
Diante do flagrante de perseguição, a equipe policial se deslocou até a residência do suspeito, onde ele tentou se esconder, mas foi capturado. No local, foram apreendidas as câmeras utilizadas para monitoramento e vídeos dos abusos no celular do indivíduo.
A vítima e seus filhos foram acolhidos e encaminhados para local seguro, enquanto aguardam análise das medidas protetivas de urgência.
O homem foi encaminhado ao sistema penitenciário.
Como denunciar violência doméstica
A PCPR reforça o compromisso com a proteção de crianças, adolescentes e mulheres vítimas de violência. Denúncias podem ser repassadas de forma anônima pelos telefones 197, da PCPR ou 181, do Disque-Denúncia.