
A estudante de veterinária Beatriz Leão Montibeller Borges, de 25 anos, foragida de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foi presa em um apartamento de luxo em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, em uma operação conjunta da Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Civil carioca. Ela é investigada por gerenciar a parte financeira de um grande esquema de tráfico de drogas. Segundo a investigação, Beatriz mantinha um relacionamento com um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Paraná e era responsável por gerenciar parte do dinheiro obtido com a venda de drogas.
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A mulher estava foragida desde 19 de março deste ano. Na ocasião, a PCPR deflagrou uma operação que resultou na prisão de oito pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e porte ilegal de arma de fogo.
De acordo com a polícia, Beatriz é investigada pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ela será transferida para o Paraná. Durante a investigação, foram encontradas contas em nome de laranjas e que eram administradas pela influenciadora. A polícia chegou ao nome da estudante após quebra de sigilo telefônico dos acusados e investigados em outras fases da operação sobre o PCC no Paraná.
Quem é a primeira-dama do PCC no Paraná
Beatriz Leão Montibeller Borges nasceu em Bagé, no Rio Grande do Sul, mas mora em Curitiba, no Paraná. Ela é estudante de medicina veterinária e compartilha um pouco sobre sua vida na internet. A influenciadora soma quase 15 mil seguidores em suas redes sociais.
Prisão resultou de investigação sobre tráfico dentro da penitenciária
A operação foi resultado de uma complexa investigação sobre o grupo criminoso ligado ao tráfico de drogas em Curitiba e na Região Metropolitana. Dois dos principais membros do grupo davam ordens aos demais a partir de dentro do sistema penitenciário.
“Como estavam presos, eles utilizavam pessoas de fora do estabelecimento prisional para realizar o tráfico de drogas. Nesse sentido, o nosso trabalho foi o de mapear quem eram essas pessoas que atuavam como ‘braços’ desses indivíduos para a distribuição de drogas, aquisição de armas de fogo e outros bens, como carros e apartamentos”, afirma o delegado Thiago Andrade, que conduziu a investigação.
Durante as apurações, a PCPR identificou que a foragida mantinha um relacionamento amoroso com o líder do PCC e que ela era responsável pela gestão financeira do grupo investigado. O mandado dela foi expedido pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

“Após monitoramento, os policiais identificaram o paradeiro da investigada em um apartamento na capital fluminense e cumpriram o mandado de prisão”, afirma o delegado Thiago Teixeira, que atuou na captura da foragida. Ela foi encaminhada ao sistema penitenciário do Rio de Janeiro e a PCPR irá solicitar que ela seja transferida ao Paraná.
Denúncias anônimas
A PCPR solicita a colaboração da população com informações que auxiliem na localização de foragidos da justiça. Denúncias podem ser repassadas de forma anônima pelos telefones 197, da PCPR ou 181, do Disque-Denúncia.