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Golpes de R$ 5,4 mi: operação cumpre 189 mandados contra lavagem de dinheiro

PCPR editada por Ana Ehlert
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Polícia Civil do Paraná cumpre 182 mandados contra organização criminosa, com sede em São Paulo, que aplicou golpes de mais de R$ 5 milhões a vítimas. (PCPR)

Uma organização criminosa especializada em golpes eletrônicos e lavagem de dinheiro é alvo da A Polícia Civil do Paraná (PCPR). Ao todo, 189 mandados judiciais são cumpridos nesta manhã de quarta, 3 de setembro. A operação ocorre de forma simultânea em nove estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás, Pará, Tocantins e Maranhão.

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A ação mobiliza mais de 500 policiais civis em todo o país. As ordens judiciais foram expedidas após dois anos de investigação conduzida pela PCPR, que revelou um esquema estruturado de fraudes eletrônicas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Ao todo, são 57 mandados de prisão e 132 de busca e apreensão.

Prejuízo às vítimas chega a R$ 5, 4 milhões

As apurações identificaram prejuízo de pelo menos R$ 5,4 milhões às vítimas. O grupo utilizava diferentes métodos para obter acesso a contas bancárias e, em seguida, pulverizava os valores em várias contas, numa prática de lavagem conhecida por dificultar o bloqueio e o rastreamento.

O delegado Emmanoel David detalhou o andamento das investigações. “Conseguimos mapear toda a estrutura do grupo, identificar os líderes e rastrear o caminho do dinheiro obtido com os golpes. Esse trabalho minucioso é o que permitiu chegar a esta fase da operação”.

Líderes do grupo são de São Paulo

A investigação apontou líderes do estado de São Paulo como autores intelectuais dos golpes, responsáveis por coordenar a atuação nacional da quadrilha. A PCPR também identificou dezenas de pessoas envolvidas na associação criminosa, responsáveis por ocultar e dissimular valores.

O delegado Reinaldo Zequinão explicou a importância do aprofundamento das apurações. “A análise do material coletado ao longo da investigação foi essencial para comprovar a participação dos envolvidos e revelar como funcionava a movimentação financeira do grupo criminoso.”

Os mandados estão sendo cumpridos nas seguintes cidades:
• Rio Grande do Sul: Gravataí, Viamão, Canoas, São Leopoldo, Porto Alegre, Novo Hamburgo, Parobé, Esteio, Cachoeirinha, Victor Graeff
• Santa Catarina: Joinville
• São Paulo: São Paulo, Ribeirão Preto, Sorocaba, Peruíbe, Conchal, Chavantes
• Rio de Janeiro: São Gonçalo, Rio de Janeiro
• Distrito Federal: Samambaia, Santa Maria
• Goiás: Planaltina
• Pará: Marabá
• Tocantins: Augustinópolis, Araguaína, Palmas
• Maranhão: Governador Edison Lobão, Imperatriz

O material apreendido deve embasar novas etapas da investigação e ampliar a responsabilização dos envolvidos.