
Um operação da Polícia Federal (PF) mira grupo que fraudou recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná e Santa Catarina. A ação faz parte da segunda fase da Operação Moto-perpétuo e foi deflagrada nesta manhã de quinta-feira, 4 de julho, nas cidades de Curitiba e Bombinhas, litoral norte catarinense.
O policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão. Seis imóveis avaliados em R$ 15 milhões foram tomados pela Justiça. A operação visou identificar e desarticular uma organização criminosa envolvida na ocultação de bens após desvio de recursos do SUS, identificados na Operação Fidúcia.
Leia mais no Bem Paraná:
Investigação de fraude contra o SUS
A operação contou com cerca de 15 policiais federais. A investigação revelou que os indiciados na Operação Fidúcia usavam laranjas para ocultar patrimônio ilícito, evitando bloqueios judiciais. Novos bens ocultados e novos participantes foram identificados, levando a medidas cautelares adicionais.
Os crimes investigados incluem lavagem de capitais, associação criminosa e organização criminosa, com penas de até 18 anos de prisão. A operação foi nomeada “Moto-perpétuo II” devido à persistência dos criminosos em manter seus ganhos ilícitos.
Fraude milionária
Na ocasião, foi identificado um esquema em que os investigados utilizavam Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) para fraudar licitações e desviar recursos públicos do SUS, totalizando um desvio de aproximadamente R$ 14 milhões nas cidades objeto da investigação, embora a auditoria da Controladoria Geral da União tenha apontado que o desvio seria de R$ 70 milhões em todo Paraná.
Durante a investigação atual, novos elementos foram angariados, indicando que os investigados teriam adquirido diversos bens em nome de terceiros, visando ocultar tais ganhos ilícitos. Esses bens foram registrados em empresas fictícias ou em nome de “laranjas”, com o auxílio de um advogado e um contador.