Quatro pessoas foram presas preventivamente pela Polícia Civil do Paraná (PC-PR) nesta manhã desta terça-feira, 29 de agosto. Elas são moradoras das cidade de Anahy e Cascavel, no oeste do Paraná por suspeita de fraudes em licitações de prefeituras do estado. Um dos alvos é da Secretaria de Coordenação Geral da Prefeitura de Anahy. Os outros três são pessoas ligadas a um grupo empresarial de Cascavel.
Os nomes dos suspeitos não foram revelados pela PCPR. Dentre as ordens judiciais da Operação “ELLIPSIS”, também estão oito mandados de busca e apreensão e cinco de proibição de contratar com a administração pública.
Investigações
De acordo com as investigações, a organização criminosa é dirigida pelo núcleo empresarial, que alicia servidores públicos municipais para que as empresas sejam favorecidas em licitações. Em troca, as empresas pagam os servidores com valores obtidos no decorrer do contrato, diz a polícia.
Segundo a PC-PR, o foco está em peças de reposição e maquinários pesados de prefeituras de diversos municípios do Paraná. As cidades não foram especificadas.
A operação contou com a participação de 28 policiais da Deccor e com o apoio da Polícia Científica do Paraná (PCP).
A ação é desdobramento de trabalhos investigativos em curso no Núcleo de Foz do Iguaçu, iniciados pela Operação RETROCASE, por meio do qual se desvelou a existência de organização criminosa estabelecida para fraudar licitações de peças de reposição de maquinários pesados de prefeituras de diversos municípios do Paraná, envolvendo servidores públicos e, inclusive, agentes políticos.
Segundo a Polícia Civil, quatro crimes foram apurados na investigação:
Frustrações ao caráter competitivo de licitações, através do direcionamento de vencedores em licitações;
Fraude à execução de licitação, com fornecimento de peças com qualidade inferior à contratada;
Falsidade ideológica, pois o secretário municipal investigado também atuava como pregoeiro e habilitou empresa que não preenchia os requisitos do edital;
Peculato, através do desvio de valores dos cofres públicos para o núcleo empresarial, que faturou como se a empresa investigada houvesse prestado serviço e/ou fornecido peças ao município.