
Três homens acusados de exigir R$ 50 mil para não divulgar vídeos da prisão do ex-participante do Big Brother Brasil Diego Alemão, após um acidente de trânsito, em Curitiba, foram indiciados pela Polícia Civil pelos crimes de extorsão, associação criminosa e fraude processual. A decisão de 3 de julho foi anexada ao sistema eletrônico da Justiça ontem.
O caso ocorreu em 18 de abril, quando Alemão foi preso após bater o carro contra o veículo de um motorista de aplicativo e foi solto no dia seguinte após pagar fiança de R$ 7 mil. Daniel Alves, testemunha que gravou os vídeos da prisão de Diego, e os advogados Maurício Tesserolli e Walter Fontes foram presos suspeitos de tentar extorquir dinheiro do ex-BBB, além da oferta de testemunhar a favor de Alemão. Atualmente, os três respondem em liberdade.
“Verificou-se que de maneira sutil, os advogados, juntamente com seu cliente, deram a entender que caso houvesse o pagamento, não iriam expor ainda mais a outra parte contrária, além de que o cliente, Daniel, passaria a testemunhar a favor de Diego, em evidente tentativa de ludibriar a justiça”, disse o delegado Marcelo Magalhães Pereira, na conclusão do inquérito.
Diego Alemão foi indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal consumada, ameaça, embriaguez ao volante e desacato no dia 22 de maio.
O advogado Ygor Salmen, que defende Daniel Alves e Maurício Tesseroli, afirmou que o indiciamento foi recebido com naturalidade e sem qualquer surpresa. “Todos os envolvidos nesta fraude processual, serão responsabilizados no âmbito civil, administrativo e criminal, principalmente por terem induzido diversas autoridades em erro”, afirmou ao G1.