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Polícia prende 36 em operação contra quadrilha de golpes e lavagem de dinheiro; maioria das vítimas era do Paraná

PCPR, editada por Lycio Vellozo Ribas
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Foto: Adilson Domingues/PCPR

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu 36 pessoas e cumpriu 76 bloqueios de contas bancárias durante uma operação nacional deflagrada na manhã desta quarta-feira (3) contra uma organização criminosa especializada em golpes eletrônicos e lavagem de dinheiro.

A investigação mapeou toda a estrutura do grupo, identificando seus líderes e rastreando o caminho do dinheiro obtido de forma criminosa. “As vítimas são do Paraná, principalmente de Curitiba. Porém, os autores eram fora do estado. Em São Paulo, por exemplo, identificamos os mentores intelectuais destes golpes”, detalha o delegado da PCPR Emmanoel David.

Além das ordens de prisão e bloqueio financeiro, houve o cumprimento de 132 mandados de busca e apreensão. Os policiais localizaram e apreenderam documentos, celulares, cinco armas, incluindo armamento com numeração raspada e de calibre de uso restrito, e munições. O material deve embasar novas etapas da investigação e ampliar a responsabilização dos envolvidos.

A ação mobilizou mais de 500 policiais civis. As ordens judiciais foram expedidas após dois anos de investigação conduzida pela PCPR, que revelou um esquema estruturado de fraudes eletrônicas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

As apurações identificaram prejuízo de pelo menos R$ 5,4 milhões às vítimas. O grupo utilizava diferentes métodos para obter acesso a contas bancárias e, em seguida, pulverizava os valores em várias contas, numa prática de lavagem conhecida por dificultar o bloqueio e o rastreamento.

Esses líderes eram responsáveis por coordenar a atuação nacional da quadrilha. A PCPR também identificou dezenas de pessoas envolvidas na associação criminosa, responsáveis por ocultar e dissimular valores.

O delegado Reinaldo Zequinão explicou a importância da atuação a nível nacional. “A internet acaba se tornando um meio para a atuação dos criminosos, pois eles conseguem acessar vítimas em outros estados. Neste caso em investigação, identificamos ao menos 76 pessoas envolvidas de diversas partes do país.”

Cidades em que foram cumpridos mandados: