
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgou nesta quinta-feira (24) imagens de um homem, de 32 anos, apontado como líder de uma organização criminosa suspeita de praticar dois homicídios ocorridos nos dias 23 e 25 de fevereiro deste ano, Os crimes ocorreram nos municípios de Fazenda Rio Grande (Região Metropolitana) e Curitiba, respectivamente.
O primeiro homicídio teve como vítima Leonardo Pendraki Cleris, morto após informar a um desafeto do líder da organização sobre uma tentativa de execução. O aviso teria frustrado o plano e motivado a ordem para que Leonardo fosse executado. A ação foi cumprida por outros integrantes do grupo.
Na madrugada seguinte ao crime, o corpo da vítima foi deixado em um local e, posteriormente, queimado em uma área de mata no bairro Pinheirinho, em Curitiba. O corpo foi transportado por aproximadamente 19 quilômetros até seu destino final. O incêndio foi cometido por outros membros da organização. Imagens de câmeras de segurança mostram os envolvidos comprando o combustível utilizado para a ocultação do cadáver.
Conforme o delegado da PCPR Victor Menezes, também foram identificadas ações de destruição de provas, como a lavagem do local do crime e o descarte de objetos com vestígios de sangue.
Dois dias depois, em 25 de fevereiro de 2025, outro homicídio foi registrado. A vítima foi Brenddom César Casemiro Teixeira, morto pelos próprios comparsas. Segundo apurações, ele teria se apropriado de duas armas da organização e, em vez de devolvê-las, empenhou os armamentos em troca de dinheiro e drogas.
“A execução teve início durante o trajeto entre Araucária e Curitiba, com agressões dentro do veículo. Ao chegarem à rua Juarez Távora, no bairro Tatuquara, a vítima foi golpeada com um bloco de concreto. Brenddom morreu meses depois, em 3 de maio de 2025, em decorrência dos ferimentos”, explica.
De acordo com o delegado, os dois homicídios apresentam elementos que revelam o funcionamento da organização criminosa, com punições internas, destruição de provas e ocultação de corpos.
Todos os envolvidos foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, destruição e ocultação de cadáver, fraude processual e associação criminosa.
A Polícia Civil realiza diligências para localizar o chefe do grupo.