
O paranaense Ricardo Luiz Picolotto, conhecido como “R7”, foi preso nesta terça (19) durante a Operação Ignis, deflagrada pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, com apoio da Polícia Federal. Picolotto mantém vínculos com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e se tornou importante fornecedor de armas para a facção criminosa brasileira no Rio de Janeiro e São Paulo.
Picolotto é sócio do narcotraficante Felipe Santiago Acosta Riveros, conhecido“Macho”, considerado um dos bandidos mais violentos do território paraguaio. Picolotto estava foragido da Justiça Brasileira desde fevereiro de 2021, quando foi visto pela última vez, em Assunção, no Paraguai durante um cerco da Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai.
O esquema
R7 recebia armas oriundas de diversos países, como Estados Unidos, Israel, China e Austrália, além de cidades da Europa. De lá, repassava o armamento para vários estados do Brasil, em especial São Paulo e Rio de Janeiro.
Mortos e presos
Outros nove pistoleiros que faziam parte do “exército” do traficante foram mortos em confronto com agentes da Senad em uma propriedade rural nos arredores de Salto del Guairá. Outros nove foram presos.
Na casa de Picolotto, em Salto del Guairá, foi apreendida grande quantidade de armas, equipamentos táticos e joias.
Além de Ricardo Picolotto, a operação de hoje prendeu outros dois brasileiros – Gabriel Fernando dos Santos, o “Gordinho”, e Carlos Daniel Castro Wenceslau. Os outros sete presos são os paraguaios Eusebio Acosta Riveros, irmão de “Macho”, Heriberto Roa Coronel, Hugo Ramón Benítez, Hugo César González, Alfredo Guzmán Portillo, Cristian Santiago Martínez e Sergio Denis Medina Benítez.