
Venda de medicamentos falsificados está na mira de operação da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, 20 de junho. Policiais da Operação Counterfeit cumprem 17 mandados judiciais contra rede criminosa especializada na venda de medicamentos falsificados para órgãos públicos.
Os mandados são 15 de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva. além de sequestro de bens, nas cidades de Curitiba e Francisco Beltrão, no Paraná, Corumbá, Ladário e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Birigui e São Caetano do Sul, em São Paulo, Rio de Janeiro e Nova Iguaçu no Rio de Janeiro, e Jacobina, a Bahia.
Investigação de medicamentos falsificados
A investigação sobre o esquema da falsificação de remédios teve início a partir de informações fornecidas pela Polícia Civil do Estado do Paraná. Os dados apontaram que uma empresa vencedora de uma licitação em 2022, para fornecer imunoglobulina ao Hospital Geral de Curitiba estaria envolvida no fornecimento de remédios falsificados.
Após a apreensão dos medicamentos, a Polícia Federal confirmou a falsificação completa dos remédios, desde as caixas, falsamente identificadas, até a sua composição, na qual se constatou a ausência de imunoglobulina, como deveria conter.
Medicamentos falsificados vinham da Bolívia
De acordo com as investigações, os medicamentos tinham origem na Bolívia. Dois estrangeiros, um dos quais estudante de medicina, foram identificados como os principais suspeitos pela comercialização dos medicamentos.
As investigações revelaram que o grupo criminoso investigado conseguiu vender aproximadamente R$ 11 milhões em medicamentos falsificados de imunoglobulina para órgãos públicos no estado do Paraná.
Os envolvidos estão sendo investigados por crimes como associação criminosa, fraude à licitação e falsificação de medicamentos.
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Nota da fabricante de remédios Bayer:
Em nota, a fabricante de medicamentos Bayer afirmou que reitera o posicionamento publicado em seu site em outubro de 2022 referente à comercialização do produto Gamimune N.5% com logomarca da empresa. Trata-se de fraude, uma vez que o referido produto nunca foi produzido, importado, nem tampouco comercializado pela empresa, e que propostas de venda eventualmente recebidas devem ser comunicadas às autoridades competentes.