O ano legislativo começou oficialmente na Assembleia Legislativa do Paraná. A sessão inaugural foi realizada na tarde desta segunda (5) e reuniu no Plenário parlamentares e autoridades para o início dos trabalhos em 2024. O governador Ratinho Jr não compareceu e foi representado pelo secretário-chefe da Casa Civil, João Carlos Artega. Segundo a assessoria do Palácio Iguaçu, o governador não foi à cerimônia por incompatibilidade de agenda.
O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSD), abriu a Sessão Solene da segunda sessão legislativa da 20ª Legislatura, e falou sobre as peculiaridades do trabalho neste 2024, marcado por eleições municipais para prefeitos e vereadores. “É o início de um novo período legislativo. Em função do processo eleitoral será um ano atípico nesta casa e, por imposição da legislação eleitoral, determinados temas e projetos não poderão ser tratados”, explicou. Traiano classificou como altamente produtivo o ano de 2023 e exaltou os deputados e deputadas pelos relevantes serviços prestados aos cidadãos. “Quero enaltecer a bancada de Governo e também da Oposição, que faz o contraponto, alimenta debates e corrige rumos”, acrescentou. “Sejam todos bem-vindos a nossa casa, para alimentar o trabalho, buscando conversas permanentes com as lideranças do Paraná para que os deputados possam sintetizar aqui as reivindicações do povo paranaense”. Traiano, no entanto, não realizou a tradicional coletiva de imprensa por causa das polêmicas herdadas de 2023.
Polêmicas -0O julgamento da representação disciplinar por quebra de decoro parlamentar contra o deputado estadual Renato Freitas (PT), que pode resultar em suspensão ou cassação do mandato dele, é uma das polêmicas para este início de 2024.
O caso poderia ser finalizado no fim do ano passado, durante reunião do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná. Porém, o deputado Do Carmo (União Brasil), vice-presidente do grupo, pediu vista, ou seja, mais tempo para analisar o processo. O processo foi resultado de representação protocolada pelo presidente da Alep, Ademar Traiano (PSD) por contra de uma confusão entre os parlamentares registrada no plenário, em 9 de outubro. Na ocasião, Freitas chamou Traiano de corrupt
Foi deste mesmo episódio que se tornou público o caso no qual o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano (PSD), e o ex-deputado Plauto Miró confessaram ter pedido e recebido propina do empresário Vicente Malucelli – da TV Icaraí. Na época, parlamentares chegaram a pedir a renúncia de Traiano da presidência.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) divulgou no fim do ano passado que acordos firmados pelos parlamentares para não responder a processos determinam o pagamento, no total, de mais de R$ 700 mil aos cofres públicos. Entenda a seguir. As investigações se tornaram públicas com a revelação de delação do empresário na qual cita as negociações da vantagem indevida na renovação do contrato da empresa com a Alep. De acordo com o MP-PR, “recentemente” a Justiça atendeu a pedido do órgão e o caso deixou de ser sigiloso.