Renato Freitas (PT): . (Alep/divulgação)

A APP-Sindicato – que representa professores e funcionários de escolas públicas estaduais – divulgou hoje nota em que afirma que a entidade “se solidariza com Renato Freitas pelo preconceito e discriminação sofridos antes de partir num vôo de Foz do Iguaçu a Londrina”. Para a APP, o parlamentar “foi submetido a revista vexatória” da Polícia Federal quando já havia embarcado.

“É inadmissível que situações como essa sigam acontecendo em nosso país”, diz o sindicato, lembrando que Freitas “é um homem negro e cresceu na periferia de Curitiba, onde se formou advogado pela UFPR”, e que ele “elegeu-se vereador em 2019 e deputado estadual em 2022, sempre denunciando a discriminação social e o ódio racial”.

“Às vésperas do 13 de maio, a humilhação a que Renato foi submetido revela a pertinência e atualidade de artigo publicado em abril pela APP com o título Por Uma Educação Mais Humana e Humanizadora. O preconceito que ele sofreu mostra que precisamos desbarbarizar a sociedade como um todo”, considera a APP.

Freitas foi retirado de um vôo para ser revistado quando embarcava de Foz para Londrina no último dia 3 de maio. Na abordagem, os agentes alegaram que ele teria sido escolhido aleatoriamente.

Em nota, a PF informou que, no dia 3 de maio, foi acionada para auxiliar um agente de proteção da aviação civil na inspeção de um passageiro que teria se recusado a se submeter a medidas adicionais de segurança no aeroporto.

“Este teria se recusado a passar pelo procedimento no local indicado e se dirigido diretamente até a aeronave. Dessa forma, a equipe de inspeção do aeroporto acionou a PF para que a acompanhasse até o avião e procedesse à inspeção devida”, alegou a corporação.

Freitas garante que, ao contrário do que afirmou a PF, “em nenhum momento houve recusa para a revista”. De acordo com o relato, ele cumpriu o procedimento padrão de passar pelo detector de metais e seus pertences pelo scanner de bagagem, assim como os demais passageiros.