Ricardo Arruda (PL): denúncia de R$ 500 mil (Divulgação)

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSD), determinou hoje que a corregedoria geral da Casa avalie as acusações trocadas entre os deputados Ricardo Arruda (PL) e Renato Freitas (PT). Na semana passada, Arruda registrou boletim de ocorrência na polícia acusando Freitas de supostas ameaças contra ele. Já Freitas afirma que o parlamentar do PL de tê-lo acusado, sem provas, de ligações no facções criminosas.

“Determino corregedoria da Casa para que todas as providências necessárias, doa a quem doer. Se realmente, se comprovada, as acusações de um lado ou de outro, estejam acontecem, que a corregedoria encaminhe ao Conselho de Ética”, disse Traiano.

Na sessão de hoje, Arruda voltou a acusar Freitas de tê-lo ameaçado. Afirmou ainda ter recebido ameaças de seguidores do deputado do PT.

Freitas rebateu afirmando não ter feito denúncias levianas contra Arruda, mas apenas comentado a investigação do Ministério Público do Paraná de tráfico de influência contra o deputado do PL. “Não levantei levianas as acusações. Embora as acusações contra o senhor do Ministério Público do Paraná não sejam levianas”, disse Freitas. “Não é um bate-boca pessoal, porque se trata de uma instituição pública”, afirmou.

O deputado do PT lembrou que o Ministério Público acusa Arruda de cobrar propina de R$ 50 mil a R$ 70 mil para conseguir a readmissão nos quatros da PM do Paraná os policiais expulsos da corporação. Arruda nega as acusações.

No boletim de ocorrência registrado na semana passada, Arruda citou declarações de Freitas nas sessões de 27 e 28 de março“Quando, a exemplo do deputado Ricardo Arruda, se desvia do caminho, propaga a mentira, o resultado é a morte” e ” Deputado Arruda, arrependa-se. Há tempo enquanto há vida”, teria declarado o parlamentar na ocasião.

m nota, Freitas afirmou que chamou a atenção para o processo criminal que o próprio Ricardo Arruda responde, como incurso nos crimes de associação criminosa; peculato e tráfico de influência, destacando que, dentre os diversos delitos denunciados pelo Ministério Público do Paraná, consta a interferência ilegal e imoral do deputado, que agiu com vistas a garantir a restituição à PM/PR de policiais expulsos da coorporação por terem cometido o crime de homicídio.

“Na sessão do dia seguinte, 28/03, Ricardo Arruda acusou o adolescente Caio, menor de idade e sem passagens pela polícia, assassinado pela Guarda Municipal de Curitiba no último dia 25, de ter ameaçado os oficiais com uma faca, versão que é contestada pela família”, afirma o deputado.

Em resposta, Freitas afirma que relembrou o processo criminal de Arruda e associou a propagação de fake news a um tipo de política que produz a morte de inocentes. Parafraseando versículos bíblicos, Freitas disse ainda que acreditava no arrependimento do parlamentar como uma forma de se redimir, alega.

“Como se não bastasse, Arruda imputou, sem apresentar qualquer indício, que Freitas possui envolvimento com facções criminosas. Acusação gravíssima pela qual o parlamentar bolsonarista será responsabilizado”, diz o deputado.