Marcelo Camargo/Agência Brasil – Na Câmara

A Associação Comercial e Industrial de Guarapuava (região Central) divulgou comunicado informando que não pretende dar qualquer apoio a deputados federais candidatos à reeleição que tenham votado contra o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, o chamado “fundão” para financiar campanhas às eleições deste ano.No documento, a entidade afirma entender que os deputados que a favor do “fundão” trabalharam contra os interesses de seus associdados e dos brasileiros.

No comunicado, a AECIG diz que no ano de 2022, “adotará medidas diferentes em relação às visitas de representantes da esfera municipal, estadual e nacional para dialogar demandas locais que impactam a região”.

“A ACIG entende que os parlamentares que votaram a favor da derrubada do veto da Presidência da República, no dia 17 de dezembro de 2021, sobre o valor do Fundo Eleitoral em até R$ 5,7 bilhões para 2022, agiram contra o bem comum, contra nossos mais de 900 associados e todos os brasileiros. Deste modo, a entidade não terá disponibilidade em recebê-los no ano decorrente”, afirma a associação. 

O fundo eleitoral foi criado em 2017 para financiar as campanhas depois que o Supremo Tribunal Federal. Inicialmente, o Congresso aprovou R$ 5,7 bilhões para campanhas. O presidente vetou o valor, limitando-o a R$ 2 bilhões. Os parlamentares derrubaram o veto, e reduziram o valor a R$ 4,9 bilhões no Orçamento para 2022. 

Dos 30 deputados federais do Paraná, a maioria, ou 20 parlamentares votaram favoravelmente à proposta, e apenas seis contra. Outros quatro não votaram.

O valor inicial aprovado pelo Congresso era de R$ 5,7 bilhões. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou a proposta, limitando o recurso a R$ 2 bilhões. Os parlamentares então derrubaram o veto de Bolsonaro. Na Câmara, a verba foi aprovada por 317 votos a favor e 146 contra.

VEJA COMO VOTOU CADA DEPUTADO DO PARANÁ