Câmara conclui votação de planos de carreiras de servidores de Curitiba

Redação Bem Paraná com assessoria da CMC

Vereadores votaram projetos em terceiro turno hoje. Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

Seis anos depois do congelamento dos planos de carreira de Curitiba, os vereadores da capital restabeleceram, hoje, a progressão salarial dos funcionários públicos da cidade. Os parlamentares votaram pela terceira vez os projetos de lei no dia de hoje, em regime de redação final, apenas para consolidar os textos alterados ontem por emendas.

Os planos de carreira receberam substitutivos e emendas, com melhorias às propostas do Executivo. Por exemplo, dobrou o percentual de servidores que serão contemplados pelo crescimento horizontal e quadruplicou os que serão beneficiados pelo crescimento vertical, além dos vereadores emplacarem proteção ao direito de avanço aos funcionários afastados por doença grave ou acidente de trabalho e o pagamento a todos de uma bonificação de 2,8%.

Passaram por três sessões de deliberação, de segunda a quarta-feira, o plano geral e os específicos do magistério, da educação infantil, da Guarda Municipal, dos auditores e dos procuradores. Agora as versões consolidadas desses projetos serão enviadas ao prefeito Rafael Greca, para sanção e publicação no Diário Oficial do Município, passando a valer logo em seguida. No caso de veto, a CMC terá que votar o projeto em questão mais uma vez.

Presidente da Câmara diz que Casa foi protagonista na negociação

“Fiz tudo que estava ao meu alcance para posicionar esta Câmara como um ator central, para que ela fosse protagonista no debate, sem suprimir a voz de nenhum dos lados”, afirmou Marcelo Fachinello (Pode), presidente do Legislativo, no início da sessão plenária. “Desde que os projetos de lei chegaram nesta Casa, eu, como presidente, procurei estabelecer um ambiente democrático, aberto para o diálogo e para a discussão”, registrou.

“Realizamos incontáveis reuniões com os sindicatos e isso foi reconhecido, ontem, pelas vereadoras Giorgia Prates e Professora Josete (do PT). Nessas reuniões, foram ouvidos todos os lados e todas as pessoas que procuraram a instituição. A gente sabe que daqui para fora, e até aqui dentro, muita gente vai criticar, vai falar mal dos vereadores, mas sabemos que ninguém pode reclamar de falta de lisura, de lealdade ou de caráter democrático”, defendeu o presidente da CMC.

Fachinello destacou que, durante a negociação, tanto “a prefeitura cedeu em alguns aspectos”, quanto “os servidores também, ao entenderem que era impossível atender alguns itens neste momento”. “A Câmara cumpriu seu papel democrático”, continuou, destacando que o Legislativo não ficou só no papel de conciliação, entre os sindicatos e a Prefeitura de Curitiba, mas “agiu diretamente”.

“Fizemos a nossa parte. A Câmara dispôs de R$ 30 milhões do seu orçamento do ano que vem para contribuir com a sociedade curitibana e viabilizar os compromissos construídos com os novos planos, afinal teremos um impacto de R$ 500 milhões só no ano de 2024”, contabilizou o presidente da CMC. “A Câmara saiu maior do que entrou, graças à seriedade e comprometimento de todos os vereadores e vereadoras”, avaliou Marcelo Fachinello.