Franklin de Freitas – Na semana passada

Candidatos de oposição à prefeitura de Curitiba voltam às ruas amanhã para amais um debate em praça pública, na tentativa de chamar a atenção do eleitorado na reta final da disputa. O evento será o terceiro da série iniciada depois que o prefeito e candidato à reeleição, Rafael Greca (DEM), se recusou a participar do debate da Band TV, no dia 1º, alegando risco de contaminação do Covid-19. Desde então, os oposicionistas promoveram debates públicos na praça da Espanha, próximo à residência de Greca, no dia 20, e na praça Nossa Senhora de Salete, ao lado da prefeitura, no último dia 29. 

Desta vez, o evento começa na Boca Maldita, tradicional palco de manifestações políticas. Até agora, além do candidato do PT, Paulo Opuszka, que organiza o ato, estão confirmadas as presenças de Professora Samara (PSTU), Fernando Francischini (PSL), Camila Lanes (PCdoB), João Arruda (MDB) e Professor Mocellin (PV).

De lá, os candidatos seguem em caminhada até a praça Santos Andrade onde acontecerá o debate, que seguirá os moldes dos dois anteriores. Tudo poderá ser conferido por meio do canal Palco Aberto Curitiba, no You Tube, dizem os organizadores.

“Em tempos sombrios, a democracia deve prevalecer. Todos os partidos têm propostas que merecem e devem ser ouvidas, é disso que a democracia é feita”, diz Opuszka. O candidato e os demais têm insistido para que o atual prefeito participe das conversas. Além disso, defendem que todos os concorrentes possam ter espaço. “Ao não permitir que os candidatos apresentem suas propostas os veículos e demais meios contribuem para uma eleição não isonômica. Isso, inclusive, fere os preceitos constitucionais”, alega Opuszka.

“Desaforo” – Os candidatos resolveram promover debates em locais públicos depois que Greca não compareceu ao debate na Band TV, no dia 1º de outubro, alegando risco de contaminação pelo Covid.

No primeiro debate, Greca divulgou nota criticando os adversários. No texto ele afirmou que “a legitimidade de todo debate pressupõe o conhecimento de causa”. “Ficou claro que meus adversários não o tem pois a estratégia dos mesmos é de fazer ataques orquestrados à minha gestão e à minha pessoa. Preferia que eles tivessem apresentado suas propostas para a cidade. Para mim o desaforo é a ausência do argumento”, afirmou o prefeito.