Franklin de Freitas – Renato Freitas (PT): vereador afirmou não ter tido a intenção de individualizar

O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba ouviu na segunda-feira (23), depoimento do vereador Renato Freitas (PT) – que teve a cassação do mandato pedida por parlamentares da bancada evangélica da Casa, por supostas ofensas. Em abril do ano passado, Freitas criticou vereadores da bancada por defenderem o uso da cloroquina – medicamento sem eficácia comprovada contra a Covid-19. Na ocasião, ele escreveu em chat do You Tube da Câmara que “essa bancada conservadora dos pastores trambiqueiros não estão nem aí para vida, só pensam no seu curral eleitoral bolsonarista, infelizmente”.

Os vereadores Ezequias Barros (PMB), Sargento Tânia Guerreiro (PSL), Osias Moraes (Republicanos) e Pastor Marciano Alves (Republicanos) – acusaram Freitas de violação de cinco artigos do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Casa por “ofensas discriminatórias”, “ofensas morais e à dignidade”, “intolerância religiosa” e “quebra de decoro” por parte do representado, Renato Freitas, em declarações durante e fora das sessões plenárias.

No depoimento, auestionado pelo relator do processo, vereador Dalton Borba (PDT) o vereador Dalton Borba (PDT), Freitas disse que usou a expressão trambiqueiros referindo-se a quem indicava o tratamento precoce para o combate ao coronavírus, sem haver comprovação científica da eficácia do kit de remédios. E afirmou ter feito o comentário dentro do contexto das discussões do dia. Naquela data, a Câmara recebeu o diretor de Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), aprovou uma moção de repúdio a Roberto Jefferson. Freitas afirmou não ter tido a intenção de individualizar, fazendo referências “de forma genérica” e que curral eleitoral foi a forma que encontrou para se referir a “extrema direita bolsonarista”.

Questionado pela vereadora Amália Tortato (Novo) se tentou associar mortes por covid-19 à conduta do vereador Ezequias Barros (PMB), defensor do chamado “tratamento precoce”, Freitas criticou novamente o “kit covid”, pois teria gerado casos de hepatite medicamentosa e exposto as pessoas a mais risco desnecessariamente.

A próxima etapa, antes da Junta de Instrução deliberar sobre o caso, é consultar novamente a Corregedoria da Câmara.