
O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba se reuniu nessa sexta-feira (dia 6) pela manhã para votar o parecer do vereador Sidnei Toaldo (Patriota) sobre a representação contra o vereador Renato de Freitas (PT), acusado de quebra de decoro por participar de uma manifestação antirracista na Igreja do Rosário, no dia 5 de fevereiro.
A reunião para votar o parecer de Sidnei Toaldo foi adiada para a próxima terça-feira (dia 10) às 14 horas, porque a vereadora Maria Letícia (PV) pediu vista do parecer.
O CASO
Na tarde do dia 5 de fevereiro, movimentos sociais em todo o país realizaram atos contra o racismo e a xenofobia, protestando contra os assassinatos do congolês Moïse Kabagambe e de Durval Teófilo Filho, no Rio de Janeiro. Em Curitiba, a manifestação foi marcada para o Largo da Ordem, do lado de fora da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. O protesto aconteceu ao mesmo tempo em que uma missa era realizada na Igreja do Rosário e, em dado momento, os manifestantes entraram no templo. Entre eles, estava Freitas.
Parlamentares pediram a responsabilização de Freitas pelo ocorrido e uma nota oficial da Arquidiocese de Curitiba foi lida em plenário pelo presidente da CMC, Tico Kuzma (Pros), na qual Dom José Peruzzo diz que “a posição da Arquidiocese de Curitiba é de repúdio ante a profanação injuriosa”.
O vereador responde por quatro representações formuladas por Eder Borges (PSD); Pier Petruzziello (PTB); Pastor Marciano Alves e Osias Moraes, ambos do Republicanos; e a dos advogados Lincoln Machado Domingues, Matheus Miranda Guérios e Rodrigo Jacob Cavagnari.
Em depoimento ao conselho, Freitas negou ter liderado a manifestação. Freitas afirmou que não sabe quem organizou o evento, e que entrou na igreja justamente para evitar que houvesse conflitos entre os manifestantes e integrantes da congregação. Ele disse ainda que não houve invasão, pois os manifestantes entraram por uma porta lateral que estava aberta, e a missa já havia acabado.