A corregedora da Câmara Municipal de Curitiba, vereadora Amália Tortato (NOVO), determinou a imediata instauração de sindicância para apurar a autoria e a materialidade de e-mail contendo expressões discriminatórias e injuriosas enviado ao vereador Renato Freitas (PT) na última segunda-feira (09).
De acordo com a denúncia feita pelo parlamentar, a mensagem eletrônica teria sido enviada do e-mail institucional do vereador Sidnei Toaldo (Patriota), que nega a participação e registrou um Boletim de Ocorrências na Polícia Civil ontem, dizendo desconhecer a autoria do texto. Toaldo foi o relator do processo contra Freitas por quebra de decoro, pela participação em manifestação antirracista na Igreja do Rosário, em 5 de fevereiro. Ontem, o Conselho de Ética da Câmara aprovou relatório do vereador que recomenda a cassação do mandato do petista. O relatório, agora, deve ser votado em plenário.
“Os fatos noticiados são graves e podem significar cometimento de infração ético-disciplinar ou de procedimento incompatível com o decoro parlamentar por parte de vereadores em exercício. Por isso, achamos melhor abrir esta investigação interna, que não compromete de maneira alguma a apuração criminal ou cível”, destaca Amália Tortato.
A Portaria determinando a abertura da sindicância foi protocolada ontem na Câmara Municipal e, a partir da sua publicação, a Corregedoria terá prazo de 30 dias úteis para apurar os fatos referentes ao caso.
Na mensagem enviada a Freitas, faz ameaças e ofensas racistas. “Eu não tenho medo de você ou dos esquerdistas vagabundos que te defendem, seu negro”, diz o e-mail. “Já metemos pressão na Indiara Barbosa e na Noêmia Rocha (…) A câmara de vereadores de Curitiba não é o seu lugar, Renato. Volta para a senzala. E depois de você vamos dar um jeito de cassar a Carol Dartora e o Herivelto. Vamos branquear Curitiba e a região Sul queira você ou não. Seu negrinho”, escreveu op remetente.