
A Corregedoria da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) arquivou três representações contra vereadores ao longo do mês de julho. As decisões de Sidnei Toaldo (PRD), corregedor da Casa, beneficiaram os Eder Borges (PL), João Bettega (União) e Sargento Tânia Guerreiro (Pode). Nos três arquivamentos, Toaldo alegou “ausência de elementos suficientes que indiquem a prática de infração ético-disciplinar”.
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Com as decisões, o estoque de sindicâncias da Corregedoria agora é de quatro investigações. Neste momento, permanecem sob análise da Corregedoria representações contra os vereadores Eder Borges (PL) e Giorgia Prates (PT), além de duas citando Camilla Gonda (PSB).
Desde o início do ano já foram abertas 17 sindicâncias, para apurar denúncias de supostas infrações ao Código de Ética e Decoro Parlamentar (CEDP) no Legislativo. Das sindicâncias concluídas, 12 representações foram arquivadas e 1 foi encaminhada ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. A única representação encaminhada ao Conselho de Ética, no entanto, acabou não prosperando, sendo arquivada sem que a investigação fosse adiante.
Transparência e arquivamentos recentes
Os números da Corregedoria fazem da 19ª Legislatura da Câmara de Curitiba, iniciada em 2025, aquela que mais deu publicidade ao trabalho do órgão. Criada em 2011, ela começou a tornar pública a abertura e o encerramento das sindicâncias, publicando essas portarias e atos no Diário Oficial do Município, em 2020. Na época, o órgão era dirigido pelo ex-vereador Mauro Ignácio, que instituiu a nova prática no biênio 2019-2020, continuada por Amália Tortato (Novo) na gestão 2021-2022, e que agora é utilizada por Sidnei Toaldo.
Neste mês, o Diário Oficial registrou o arquivamento, no dia 1º de julho, por meio da portaria 18/2025, da “sindicância instaurada para apuração dos fatos descritos no Processo Administrativo 624/2025, envolvendo o vereador Eder Borges [PL]”. Com texto semelhante, no dia 11, a portaria 24/2025 arquivou sindicância contra João Bettega (União), no âmbito do processo 878/2025. Já a portaria 25/2025, do dia 18 de julho, referente ao processo 822/2025, arquivou uma apuração sobre a Sargento Tânia Guerreiro (Pode).