Curitiba teve ao menos 22 candidatos com algum grau de parentesco com pessoas que já exerceram mandatos eletivos. Pai, filhos, mãe, esposa, sobrinha, prima. Os parentes estavam na disputa para a Prefeitura de Curitiba e também para a Câmara Municipal de Curitiba. Desse total de candidatos, somente quatro foram eleitos, o vice-prefeito e três vereadores.
O envolvimento familiar existiu em cinco chapas que concorreram na eleição majoritária. O deputado estadual Fernando Francischini (PSL), que ficou em terceiro lugar na disputa para a prefeitura, com 6.26% dos votos, viu a esposa Flavia Francischini, também do PSL, ser eleita vereadora pela primeira vez, tendo sido a mais votada de seu partido, com 4.540 votos.
Já a deputada federal Christiane Yared (PL), quinta colocada na corrida ao Palácio 29 de Março, com 3.91% dos votos, apostou na candidatura do filho, Jonathan Souza Yared, ao cargo de vereador, porém com o nome de urna Yared Filho. Com 1.093 votos, ele ficou em terceiro na chapa do Partido Liberal (PL), que não elegeu nenhum vereador.
Vice de Yared, a empresária Jilcy Rink (PL) teve seu filho, o vereador e ex-jogador de futebol, Paulo Rink (PL), concorrendo ao terceiro mandato consecutivo no Legislativo municipal. Rink somou 1.607 votos, foi o mais votado da chapa, mas não foi eleito.
Candidato ao lado de Rafael Greca (DEM) na chapa vencedora à prefeitura, com 59.74% dos votos, está o atual e futuro vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), neto do ex-governador Paulo Pimentel. Houve ainda outros dois concorrentes na cabeça de chapa para o cargo de chefe do Poder Executivo: Carol Arns (PODE), filha do senador Flavio Arns, sexta colocada, com 2.67% dos votos; e o ex-deputado federal João Arruda (MDB), que é sobrinho do ex-governador Roberto Requião, na sétima colocação, com 2.61% dos votos.
Legislativo – Na disputa por uma das 38 cadeiras da Câmara Municipal, foram eleitos Alexandre Leprevost (SD) e Mauro Bobato (PODE). Irmão de Ney Leprevost, titular da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho do governo do Paraná, Alexandre, que vem para seu primeiro mandato, conquistou o apoio de 4.385 eleitores, o mais votado de sua legenda. Vale lembrar que Ney já ocupou cadeira na Câmara de Curitiba, foi também deputado estadual e é deputado federal licenciado.
Mauro Bobato, também do Podemos, foi eleito para o segundo mandato e é filho do ex-vereador Geraldo Bobato. Ele ficou em segundo na chapa do Podemos, com 3.892 votos. Na sequência da lista está o vereador Bruno Pessuti, que não conquistou a reeleição, tendo somado 3.011 votos. Pessuti, que buscava o terceiro mandato, é filho do ex-governador Orlando Pessuti.
Quem também não obteve sucesso foi o apresentador de TV Roberto Aciolli (PV), que exerceu mandato na CMC em 2009-2010, o mais votado à época, com 17.377 votos. Com 1.631 votos, Aciolli foi o sexto mais votado de seu partido, que elegeu somente a vereadora Maria Leticia. O filho de Roberto Aciolli, o atual vereador Cristiano Santos (PV), que estava em seu segundo mandato, não concorreu à reeleição.
Ao menos seis parentes de ex e atuais deputados estaduais ou federais disputaram a eleição para a Câmara Municipal, mas não foram eleitos. Entre eles Rafaela Lupion, prima do ex-deputado estadual e atual deputado federal Pedro Lupion (DEM). A candidata conquistou 4.032 votos e ficou com a primeira suplência de seu partido. Rafael Ragulo (PP), sobrinho do deputado estadual Luiz Carlos Martins (PP), foi o quinto mais votado de sua chapa, com 2.032 votos.