
O líder da bancada do PT e presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa, o deputado Tadeu Veneri cobrou, na sessão de hoje, explicações do governo estadual sobre denúncias de agressão a um estudante envolvendo dois policiais militares aposentados que atuavam como monitor e diretor militar em um colégio cívico-militar em Imbituva (região Centro Sul).
De acordo com o Ministério Público Estadual, em 06 de agosto, o policial militar que atuava como monitor na instituição de ensino interrompeu uma aula que estava sendo ministrada e retirou um adolescente de sala. A razão seria repreender o aluno por ter desenhado uma folha de maconha e escrito a frase “vida loca” em sua carteira escolar. O monitor teria ameaçado o estudante, afirmando “que já tinha matado vários e que ele não iria fazer diferença”, e ainda o teria agredido fisicamente, com um soco na nuca. Ao retornarem para a sala de aula, o policial ainda teria submetido a vítima a constrangimento, obrigando-a a limpar a carteira escolar na presença dos demais colegas de classe e da professora.
“Essa situação é extremamente grave. Por isso nós estamos fazendo um pedido de informações para a Secretaria de Estado da Educação para saber quais medidas foram tomadas pela SEED em relação ao ocorrido no Colégio Cívico-Militar de Imbituva. Precisamos de respostas do Estado”, disse o parlamentar.
Veneri afirmou que recebeu denúncias de fatos semelhantes que teriam ocorrido em outras instituições de ensino. Para o deputado, a prática de ameaça e constrangimento é crime e precisa ser punido.
“Além desta escola, nós temos denúncias de outras instituições que estão acontecendo fatos semelhantes ou iguais a este. Muitos alunos estão pedindo transferência das escolas cívico-militares. Não é possível que alguém que deva fazer atendimento aos alunos passe a ameaçá-los, constrangê-los e ameaçá-los fisicamente”, afirmou.