Romanelli e Tiago Amaral (ambos do PSD): impasse entre deputados governistas levou ao adiamento da escolha do presidente da CCJ. Fotos: Nani Goes/Dálie Felberg/Alep

A presidência da Comissão de Constituição e Justiça – considerada a mais importante da Assembleia Legislativa, responsável pela análise da legalidade de todos os projetos que são votados pela Casa – está sendo alvo de intensa disputa entre parlamentares da base de apoio do governo Ratinho Jr na Casa. Inicialmente, acordo fechado em novembro entre os parlamentares da bancada governista para a eleição da Mesa Executiva estabeleceu que o escolhido para comandar o órgão seria o deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli (PSD).

Por esse acordo, Romanelli seria aclamado o novo presidente da CCJ, com o apoio dos deputados da base de situação, em reunião marcada para ontem. Após a posse dos novos deputados e a formação da comissão, porém, o deputado Tiago Amaral (PSD), entrou na briga pelo cargo. O impasse fez com que a eleição fosse adiada para a semana que vem.

Ontem, o líder do governo na Casa, deputado Hussein Bakri (PSD), confirmou a existência do acordo, a afirmou que ele deve ser cumprido. Tiago Amaral, porém, além de líder do PSD – partido do governador Ratinho Júnior, e maior bancada da Assembleia, com 16 parlamentares – tem como “padrinho” o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/PR), Durval Amaral, seu pai.

A CCJ tem 13 membros, que devem ser indicados pelos oito partidos e ou blocos partidários que compõem a Assembleia. O PSD tem quatro vagas. União Brasil e o bloco PT/PDT têm duas cada. PL, Republicanos, PP e os blocos PSDB/Cidadania/Podemos e MDB/PROS/Solidariedade tem direito a indicar um membro cada.

A comissão era presidida pelo deputado Nelson Justus (União Brasil) desde 2011. Nas eleições de 2022, Justus não conseguiu se reeleger e ficou como suplente. Acabou tomando posse na segunda-feira em razão da nomeação do deputado Mauro Moraes (União Brasil) para a Secretaria de Estado do Trabalho por Ratinho Jr.