
Aproveitando a janela de troca partidária antes das eleições deste ano, dez vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) anunciaram nesta terça (12), em plenário, que mudarão de partido político. Oito deles são do União Brasil que esvaziaram a bancada.
O primeiro a se manifestar foi Ezequias Barros, que deixa o PMB (Partido da Mulher Brasileira) para se filiar ao PRD (Partido da Renovação Democrática), onde presidirá o diretório municipal da legenda. “Quero agradecer ao presidente do partido, Ricardo Franco e ao Albert Silva, secretário geral, por terem me confiado a presidência da sigla aqui em Curitiba”, disse.
Com a mudança dele, a sigla passa a contar com dois vereadores na Casa, uma vez que Sidnei Toaldo já tinha ingressado na sigla após a sua criação. O PRD é o resultado da fusão do PTB e do Patriota, sendo o terceiro maior partido brasileiro em número de filiados, atrás do MDB e do PT, com um 1,33 milhão de eleitores registrados na agremiação.
O vereador Rodrigo Reis pediu a palavra, no final da sessão plenária desta terça-feira (12), para informar que a bancada do União Brasil, formada por oito parlamentares, pediu desfiliação coletiva da sigla, deixando a legenda momentaneamente sem representação na Câmara de Curitiba. “Não fomos convidados para nenhuma reunião da Executiva Municipal”, protestou o parlamentar, justificando o desligamento do grupo formado por ele e pelos vereadores João da 5 Irmãos, Mauro Ignácio, Sabino Picolo, Sargento Tânia Guerreiro, Serginho do Posto e Zezinho Sabará.
Ao final da sessão, Pier Petruzziello (PP) anunciou que, com o esvaziamento da bancada do União Brasil, o Progressistas tem, no momento, a maior bancada da Câmara de Curitiba, pois o vereador Mauro Bobato deixará o Podemos para ingressar na sigla. Além de Bobato e Petruzziello, o PP tem Eder Borges, Nori Seto e Oscalino do Povo compondo a bancada.
Apesar dos anúncios feitos hoje em plenário, a oficialização das mudanças depende do comunicado oficial ao Departamento de Processo Legislativo (Deprole) por parte dos parlamentares. Só Toninho da Farmácia e Serginho do Posto, ambos sem partido, cumpriram esse rito até o momento. Novas alterações podem ocorrer até o dia 5 de abril, quando termina o prazo de 30 dias previsto na legislação eleitoral para que representantes políticos mudem de partido sem risco de perder o mandato.