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Marielle Franco e Anderson Gomes (Foto: Reprodução/ TV Globo)

Na próxima quarta-feira (30 de outubro) terá início o Júri Popular que julgará Élcio Queiroz e Ronnie Lessa, ex-policiais militares acusados de serem os executores de Marielle Franco e Anderson Gomes. E nesse mesmo dia, um grupo de manifestantes se reunirá para uma amanhecer nas escadarias da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba.

“Marielle fez por nós. Faremos por Marielle e Anderson. O dia que esperamos há mais de 6 anos está chegando”, anunciam os organizadores do evento.

“Mais do que nunca, precisamos de você nessa luta! No dia do Júri, quarta-feira (30), às 7h, iremos amanhecer nas escadarias da UFPR , realizando a transmissão ao vivo do júri, na sala memória a partir das 9 horas, para mostrar que exigimos justiça!”, anunciam ainda, pedindo para quem for participar do ato levar placas, lenços e cartazes.

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O julgamento

Após mais de seis anos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, os ex-policiais militares (PMs) acusados do crime, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, irão a júri popular na próxima quarta-feira (30).

A data foi definida pelo juiz Gustavo Kalil, titular do 4º Tribunal do Júri, durante reunião especial no último dia 12, no Fórum Central do Rio, com representantes do Ministério Público, os assistentes de acusação e a defesa dos réus.

Kalil, que presidirá o julgamento, solicitou que compareçam em plenário apenas as pessoas que efetivamente participarão do júri, para evitar aglomeração e tumulto. Defesa e acusação terão prazo de 10 dias para as provas orais finais.

Marielle Franco, vereadora pelo PSOL, foi assassinada no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, na noite de 14 de março de 2018. Ela voltava de um encontro de mulheres negras na Lapa, quando seu carro foi alvejado com vários disparos. O motorista Anderson Gomes também foi atingido e morreu. 

Uma assessora da parlamentar foi ferida por estilhaços. O crime ganhou atenção internacional e foi considerado um ataque à democracia.

O crime deu início a uma complexa investigação, envolvendo várias instâncias policiais. Depois de muitas reviravoltas, chegou-se à prisão dos ex-PMs Ronnie Lessa e Elcio Queiroz. Neste ano, foram presos os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandantes dos assassinatos, além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa. O processo que envolve os supostos mandantes tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).