
Os sindicatos que representam funcionários da Copel anunciaram hoje a suspensão das reuniões de acordo coletivo de trabalho com a empresa, diante dos planos do governo Ratinho Jr de privatização da companhia. Ontem, o governador encaminhou projeto à Assembleia Legislativa projeto para transformar a Copel em companhia de capita disperso sem acionista controlador, promovendo uma oferta pública ações ordinárias e certificados de depósito de ações. A intenção é reduzir a participação do Estado no capital social da empresa de 31% para 15% e a 10% da quantidade total de votos conferidos pelas ações com direito a voto da companhia. A estimativa do Estado é arrecadar R$ 3 bilhões para investimentos com a operação.
A categoria promete ocupar as galerias da Assembleia estadual hoje, amanhã e quinta-feira. . Além da manifestação presencial, um abaixo assinado já coletou mais de 17 mil assinaturas contra a venda a empresa, afirmam os sindicatos.
No comunicado à Copel, o coletivo sindical esclarece que o momento é de mobilização e informam que vão suspender as reuniões de negociação do acordo coletivo previamente agendadas para amanhã e quinta-feira para “comparecer às plenárias da ALEP dos dias 23 e 24 de novembro”. As entidades ainda esclareceram que “ficaremos de sobreaviso, em caso de adiamentos no processo interno de tramitação na ALEP. Neste caso, havendo conflito com as reuniões da tarde do dia 24 e/ou do dia 25, optamos por manter as manifestações na Assembleia Legislativa”.
Um abaixo-assinado com meta inicial de 25 mil assinaturas esclarece que “a Copel é a empresa pública que gera, transmite e distribui energia no estado do Paraná, construída com o suor e a participação do povo paranaense”.
A petição, dirigida ao atual governador e à Assembleia Legislativa, tem objetivo de apresentar uma proposta legislativa sobre o direcionamento empresarial e gestão da empresa. Neste direcionamento não está a venda da companhia de energia.