CMC/arquivo – Fabiane Rosa: vereadora foi expulsa do PSD após ser acusada de “rachadinha” e ficou sem legenda para concorrer

Segundo o portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que divulga as candidaturas para as eleições municipais deste ano, apenas 4 dos atuais 38 vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) não tentarão a reeleição. São eles Cristiano Santos (PV), Dona Lourdes (PSB), Fabiane Rosa (sem partido) e Maria Manfron (PP). Os demais parlamentares tiveram suas candidaturas recebidas pelo TSE, cuja homologação depende de julgamento da Justiça Eleitoral.

Com isso, 90% dos atuais vereadores são candidatos, um percentual acima do verificado nas eleições de 2016, quando seis parlamentares com mandato desistiram de buscar a reeleição na Câmara (84%).

No caso de Fabiane Rosa, a não candidatura à reeleição é motivada pelo fato do PSD tê-la expulsado do partido depois que ela foi acusada pelo Ministério Público do Paraná de comandar um esquema de “rachadinha” na Câmara Municipal, ficando com parte dos salários de ex-assessores. De acordo com ex-funcionários, ela exigia que eles repassassem valores mensalmente, alegando que seriam usados para financiar a causa da defesa dos animais, sua bandeira política. A vereadora nega as acusações.

A parlamentar foi presa, no último dia 27 de julho, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP do Paraná. No dia 11, foi solta pelo Tribunal de Justiça do Paraná, que acatou pedido da defesa para que ela deixasse a Penitenciária Feminina de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, e passasse para prisão domiciliar. No último dia 20, o Conselho de Ética da Câmara abriu processo contra a vereadora, após denúncia da Corregedoria da Casa. Fabiane Rosa foi denunciada pelo Ministério Público por concussão e peculato.

Fabiane também era acusada pela direção municipal do PSD de infidelidade partidária, por apoiar e votar a favor dos projetos do atual prefeito Rafael Greca (DEM).