Marcello Casal JrAgência Brasil – Em todo o Estado

A prefeitura de Curitiba anunciou hoje que os servidores que receberam o auxílio emergencial do governo federal devido à pandemia do novo coronavírus deverão comprovar, a partir de hoje, que devolveram os valores ou que foram vítimas de fraude. Estes servidores terão cinco dias de prazo para fazerem a comprovação da restituição, a partir da convocação pelo núcleo ao qual estão vinculados. Os servidores de Curitiba – 351 – representam 3,3% do total do Estado. A informação foi recebida pelo Controle Interno do Município, através da Assessoria de Controladoria em Finanças da Prefeitura de Curitiba. Em todo o Estado, mais de 10 mil servidores teriam recebido o auxílio, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE/PR).

Os servidores públicos municipais não têm direito ao recebimento do benefício de natureza assistencial. As orientações para a devolução estão no site do Ministério da Cidadania. Os servidores de Curitiba convocados deverão demonstrar que fizeram a devolução do dinheiro e que, quando for o caso, foram vítimas de fraude, situação que será investigada pelo governo federal. Nestes casos, eles assinarão uma declaração, documento que será encaminhado à Procuradoria-Geral do Município para apuração junto aos órgãos do governo federal.

Aqueles que comparecerem aos núcleos e comprovarem a restituição do auxílio não terão processo administrativo disciplinar aberto, o que ocorrerá no caso dos que não comparecerem. O Tribunal de Contas do Estado do Paraná e a Controladoria-Geral da União, num esforço conjunto, fizeram o cruzamento dos dados de servidores públicos municipais do Paraná e identificaram 10.648 pessoas que podem ter recebido indevidamente o auxílio emergencial. 

A solicitação e o recebimento do auxílio emergencial, mediante a inserção ou declaração de informações falsas, podem tipificar os crimes de falsidade ideológica e estelionato. Também podem caracterizar infração disciplinar. O auxílio emergencial foi criado para que a população mais vulnerável pudesse enfrentar os efeitos econômicos da pandemia da covid-19. Ele é destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados.