Franklin de Freitas – Pedágio: entidades empresariais querem entregar carta a Bolsonaro durante visita de presidente à Foz

Um grupo de cerca de cem entidades empresariais e do setor produtivo da região Oeste do Paraná preparam uma carta aberta a ser entregue ao presidente Jair Bolsoaro (sem partido), que visita Foz do Iguaçu amanhã, no qual pedem que as novas concessões do pedágio no Estado sejam com licitação por menor tarifa, e sem a cobrança de taxa de outorga. O grupo lançou hoje uma campanha de mobilização sobre “os riscos de o Oeste e o Paraná continuarem pagando uma das mais caras tarifas de pedágio do mundo”. As entidades são contra a proposta de modelo híbrido defendida pelo Ministério da Infraestrutura, que leva em conta a menor tarifa e a maior taxa de outorga a ser paga pelas empresas.

“Precisamos agir e unir forças, porque do contrário o Oeste e o Estado vão seguir pagando uma tarifa elevadíssima e que comprometerá seriamente a competitividade da produção e da economia de um dos principais celeiros do Brasil”, diz o presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (ACIC), Rainer Zielasko.

Durante reunião convocada pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel (Codesc), na noite de segunda-feira, o POD fez a apresentação da proposta do novo modelo de pedágio ao Paraná. Vários pontos foram comentados e esclarecidos e, diante dos riscos citados, de um pedágio caro e devido à outorga onerosa e degrau tarifário de 40% decidiu-se pela realização da campanha. “Durante a coletiva à imprensa, na manhã desta quarta-feira, vamos esclarecer como os trabalhos vão ocorrer e destacar pontos pela defesa de um pedágio com um modelo justo e equilibrado. Não queremos benefícios, queremos ser tratados de forma igual a outros estados”, acentua Rainer.

Durante o encontro, os líderes também conversaram sobre recepção ao presidente Jair Bolsonaro, que deve vir a Cascavel na tarde de amanhã. Em parceria com a Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), o grupo pretende manter um encontro reservado com o presidente para pontuar as demandas da região e as questões referentes à nova concessão do pedágio.