
O deputado federal e ex-prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), criticou hoje a proposta encaminhada pelo prefeito Rafael Greca (DEM) à Câmara Municipal de Curitiba, que prevê a prorrogação, até o final do ano, do socorro às empresas de ônibus da Capital, a um custo de cerca de R$ 120 milhões. A justificativa do atual prefeito é compensar os prejuízos das concessionárias do transporte coletivo com a queda no número de passageiros por causa da pandemia do Covid-19. Desde março, a prefeitura já repassou cerca de R$ 60 milhões a essas empresas. Caso a prorrogação seja aprovada, o gasto total pode chegar a R$ 180 milhões até o final do ano.
“Isso apenas confirma o que alertei durante toda gestão e foi ignorado por parte da sociedade e instituições. O contrato do transporte público de Curitiba não tem equilíbrio econômico-financeiro e é o sistema mais caro do país”, afirma Fruet. “Ao final dos quatro anos da gestão Greca, terão sido repassados para as empresas quase R$ 500 milhões entre subsídios federais, estaduais e municipais”, aponta ele.
O deputado lembra que esse valor seria suficiente para revitalizar o Contorno Sul de Curitiba, construir 10 trincheiras na Linha Verde ou implantar uma linha de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Avenida Marechal Floriano. “Mesmo com todo esse repasse de dinheiro público, vão deixar um déficit sem precedente com uma tarifa técnica que pode chegar a R$ 8,00 ano que vem”, alerta o parlamentar.