General Heleno diz que apreensão do celular de Bolsonaro seria ‘afronta’ com ‘consequências imprevisíveis’

Redação Bem Paraná

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil - Heleno: segundo ministro

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (SGI) da Presidência da República, general Augusto Heleno, divulgou hoje nota afirmando que o pedido de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro é “inconcebível e, até certo ponto, inacreditável”. Ele afirmou ainda que, se isso ocorrer, o GSI “alerta” as autoridades constituídas que a atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e “poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”.

“Caso se efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro Poder, na privacidade do presidente da República e na segurança institucional do país”, escreveu Heleno.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello encaminhou à Procuradoria Geral da República, hoje, uma notícia-crime relacionada à investigação sobre a suposta interferência de Bolsonaro na direção Polícia Federal, que foram denunciadas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro.

O ministro pode pedir a busca e apreensão dos celulares do presidente e de seu filho, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, para perícia. O procurador geral da República, Augusto Aras, agora precisa analisar os pedidos e se manifestar. De toda forma, a decisão final cabe à Celso de Mello.