Gleisi repercute reportagem do Bem Paraná e culpa Bolsonaro por violência de seguidores

Redação Bem Paraná

reprodução/Facebook

A presidente nacional do PT e senadora Gleisi Hoffmann repercutiu hoje, em discurso na tribuna do Senado, reportagem do Bem Paraná sobre os mais de 100 casos de agressões e ameaças por motivação registrados pelo “Mapa da Violência Eleitoral” desde o início de outubro. Segundo Gleisi, ao contrário do que diz Bolsonaro, ele seria responsável pelos atos de seus seguidores.

“Os seus seguidores matam gritando o seu nome. Os seus seguidores marcam com suásticas paredes de instituições públicas gritando seu nome. O senhor tem responsabilidade, sim”, afirmou Gleisi.

“O senhor está abrindo as portas da violência e da agressão no Brasil. Agora são os homossexuais, os gays, as mulheres. Daqui a pouco serão os mais pobres, os que divergem de suas ideias”, afirmou a senadora.

Segundo levantamento feito pelo Bem Paraná com base nas denúncias recebidas pelo Mapa da Violência Eleitoral e em notícias divulgadas nas últimas semanas pela imprensa, já são 104 casos de agressões de todo o tipo (verbal, física e sexual) no Brasil, sendo que 10 dessas ocorrências foram registradas no Paraná.

A grande maioria dos casos (84,6% ou 88 casos) são de eleitores de Jair Bolsonaro ou então de antipetistas agredindo eleitores de esquerda e, principalmente, homossexuais. Além disso, há seis registros de agressões contra eleitores do candidato do PSL (5,8%). Em outras 10 ocorrências o posicionamento ideológico e eleitoral dos agressores não fica claro, mas sete desses casos foram perpetrados contra homossexuais.

Os números consideram as ocorrências registradas desde o dia 1º de outubro, semana que antecedeu o primeiro turno do pleito e também a data em que entrou no ar o Mapa da Violência Eleitoral. Ou seja, considerando apenas os casos em que as vítimas resolveram denunciar as agressões, teríamos uma média de aproximadamente sete registros por dia no país.

Com relação ao sexo das vítimas, 58,7% (ou 61 das vítimas) são mulheres, 40,4% (42) são homens e houve ainda um relato, no Paraná, de uma mulher trans. Quando analisada a orientação sexual, o público LGBT aparece como principal alvo das agressões (56,7%, sendo 17 ocorrências contra bissexuais, 27 contra gays e 15 contra lésbicas). Os héteros somam 43,3% das vítimas (45 casos de violência, sendo 31 deles contra mulheres).

Leia a matéria completa aqui.

Assista o vídeo com o discurso da senadora abaixo:

Plenário do Senado

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Posted by Gleisi Hoffmann on Wednesday, October 17, 2018